Meditação por Portugal

Ao Encontro da Alma Luzitana

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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Dom Dinis e o culto do Espírito Santo

O Culto do Espírito Santo foi introduzido em Portugal pela mão da “Rainha Santa”, Isabel de Aragão, esposa de Dom Dinis e através das suas relações com o místico aragonês Arnaldo de Vilanova e com as correntes menos ortodoxas do franciscanismo. É o mesmo rei português, Dom Dinis, que incentivava o culto do Espírito Santo, que recusa cumprir as ordens do Papa, verdadeiro lacaio do rei francês Filipe o Belo e rejeitando estabelecer uma perseguição e destruição sistemática da ordem templária. Este grito de revolta contra uma hegemonia castradora e imperialista das então superpotências papal e francesa, marcou decisivamente a independência portuguesa e criou as raízes para uma afirmação nacional que seria o fundamento para os Descobrimentos e para a Expansão com o papel dominante na Europa que Portugal haveria de ocupar entre 1500 e 1525, sempre sobre a batuta da Ordem de Cristo, forma transmutada da extinta Ord...em Templária.

O apoio de Dom Dinis ao Culto do Espírito Santo nunca poderia ter frutificado como frutificou se não se desenvolvesse em terreno fértil… A população portuguesa mantinha ainda vivas as tradições pré-romanas de igualdade e fraternidade potenciadas por este Culto paraclético. O próprio “substrato de inquietação religiosa” que Paulo Borges reconhece na heresia lusitana e galega do Priscialinismo e que se exprimiria plenamente no Cancioneiro Galaico-Português e nas várias obras do Ciclo da Graal editadas entre nós durante o Renascimento e os Descobrimentos são expressões desse mesmo sentimento onde se desenvolveu o Culto do Espírito Santo. Este sentimento apelava à reunião do Homem com a Natureza, e diminuia o peso de uma “religião organizada”, tão romana e canónica, quanto informal e espontânea era a religiosidade profunda do português medievo. Este era o mesmo português que nos municípios assumia a liderança local, à propriedade comunitária e à instauração de uma rede de “repúblicas municipais” que floresceram particulamente bem durante o reinado de Dom Dinis.

http://movv.org/2007/09/01/dom-dinis-e-o-culto-do-espirito-santo/
Dom Dinis e o culto do Espírito Santo

O Culto do Espírito Santo foi introduzido em Portugal pela mão da “Rainha Santa”, Isabel de Aragão, esposa de Dom Dinis e através das suas relações com o místico aragonês Arnaldo de Vilanova e com as correntes menos ortodoxas do franciscanismo. É o mesmo rei português, Dom Dinis, que incentivava o culto do Espírito Santo, que recusa cumprir as ordens do Papa, verdadeiro lacaio do rei francês Filipe o Belo e rejeitando estabelecer uma perseguição e destruição sistemática da ordem templária. Este grito de revolta contra uma hegemonia castradora e imperialista das então superpotências papal e francesa, marcou decisivamente a independência portuguesa e criou as raízes para uma afirmação nacional que seria o fundamento para os Descobrimentos e para a Expansão com o papel dominante na Europa que Portugal haveria de ocupar entre 1500 e 1525, sempre sobre a batuta da Ordem de Cristo, forma transmutada da extinta Ordem Templária.

O apoio de Dom Dinis ao Culto do Espírito Santo nunca poderia ter frutificado como frutificou se não se desenvolvesse em terreno fértil… A população portuguesa mantinha ainda vivas as tradições pré-romanas de igualdade e fraternidade potenciadas por este Culto paraclético. O próprio “substrato de inquietação religiosa” que Paulo Borges reconhece na heresia lusitana e galega do Priscialinismo e que se exprimiria plenamente no Cancioneiro Galaico-Português e nas várias obras do Ciclo da Graal editadas entre nós durante o Renascimento e os Descobrimentos são expressões desse mesmo sentimento onde se desenvolveu o Culto do Espírito Santo. Este sentimento apelava à reunião do Homem com a Natureza, e diminuia o peso de uma “religião organizada”, tão romana e canónica, quanto informal e espontânea era a religiosidade profunda do português medievo. Este era o mesmo português que nos municípios assumia a liderança local, à propriedade comunitária e à instauração de uma rede de “repúblicas municipais” que floresceram particulamente bem durante o reinado de Dom Dinis.

http://movv.org/2007/09/01/dom-dinis-e-o-culto-do-espirito-santo/

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