Na primeira metade do primeiro milénio a.C., o “povo lusitano” recebeu a invasão dos celtas, com quem se fundiu.
Entretanto, haveria já uma considerável penetração semita, nomeadamente fenícia, como comprovam certos topónimos e certos cultos populares.
Assim, em termos de antropologia religiosa, devemos considerar a influência indo-europeia (celta) e a semita.
É também muito possível que a Lusitânia tivesse acolhido muitos druídas, expulsos da Gália por Júlio César, por razões políticas. Os druídas possuíam conhecimentos esotéricos e terão encontrado aqui um bom porto de abrigo, junto de populações que tinham a sua raiz. É curiosa a Cruz de Cristo manuelina, no mosteiro dos Jerónimos, em que um dos “génios” tem como barba uma folha de carvalho, e é também sintomático o grande número de matas de carvalhos existentes no Norte do país (esta árvore era sagrada para os druídas: era a sua catedral).
Tanto os celtas como os lusitanos eram povos muito religiosos; acreditavam na imortalidade da alma, no além e nos poderes da magia (Magna Ciência). Eram panteístas, adoravam o Sol, os bosques, a Terra e todas as forças da natureza. Tinham os seus deuses, de que se destacam Endovélico (um dos seus santuários pode ser visto perto de Montemor-o-Novo) e Atégina (de quem podemos ver um ex-voto de bronze em Évora e uma estátua romanizada no Museu da Câmara Municipal de Mértola).
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