O CULTO DO ESPÍRITO SANTO E A EXPANSÃO MARÍTIMA
O período de maior desenvolvimento do culto do Espírito Santo em Portugal coincidiu com o apogeu da expansão marítima.
Esta festividade espalhou-se por várias regiões do país, nomeadamente nos Açores, mas foi sobretudo em Tomar (sede da Ordem do Templo) que ela ganhou raízes mais profundas. Ainda hoje, como reminiscência desse antigo culto, celebra-se, de quatro em quatro anos, nessa cidade, a Festa dos Tabuleiros ou do Divino Espírito Santo. Esta festa é uma das componentes da antiga procissão do Império, em honra do Espírito Santo. Todos os tabuleiros, encimados pela coroa e a cruz de Cristo ou a pomba, são transportados por donzelas, pois existe uma estreita ligação entre o Espírito e a Mulher, que é a Sofia, a sabedoria e a portadora da
vida. Estas donzelas são vestidas com as cores da Ordem do Templo/Ordem de Cristo: o vermelho, cor do Espírito Santo, e o branco, a cor da pureza da Virgem Ma...
ria. (*)
Esta festividade, para além de remontar, como já dissemos, às Festas do Imperador, foi instituída por D. Dinis e a Rainha Santa Isabel, no quadro do culto do Espírito Santo. Também está relacionada com as práticas ancestrais de entrega das primícias das colheitas aos deuses e a celebração da fertilidade da terra . Mas, após o concílio de Trento ao condenar este culto transformou-se numa romaria popular, com resquícios do antigo culto.
Uma componente mais recente nesta festividade, de inspiração franciscana, é a celebração igualitária da fraternidade e partilha dos frutos da terra: o bodo e a ceia comum. Os símbolos do Espírito Santo estão bem presentes no sugestivo e impressionante tabuleiro que as moças transportam no cortejo: no cimo a pomba e a coroa e de alto a baixo os pães enfiados em canas (aos quais se atribuíam virtudes milagrosas) e as espigas.
(*) Já vimos que os tempreiros ou cavaleiros templários privilegiaram o culto mariano (observemos as inúmeras denominações e invocações de Santa Maria em várias localidades e igrejas de todo o país). Este culto está patente na Regra templária e, muito naturalmente, continuou na Ordem de Cristo que, como sabemos, graças à acção de D. Dinis é a própria Ordem do Templo refundada, tomando o nome original de Milícia de Cristo.
v. do mesmo autor, Universo Mágico no Ritual Simbólico das Tradições Portuguesas, Apeiron edições
In Eduardo Amarante, “Templários”, vol. 3
O CULTO DO ESPÍRITO SANTO E A EXPANSÃO MARÍTIMA
O período de maior desenvolvimento do culto do Espírito Santo em Portugal coincidiu com o apogeu da expansão marítima.
Esta festividade espalhou-se por várias regiões do país, nomeadamente nos Açores, mas foi sobretudo em Tomar (sede da Ordem do Templo) que ela ganhou raízes mais profundas. Ainda hoje, como reminiscência desse antigo culto, celebra-se, de quatro em quatro anos, nessa cidade, a Festa dos Tabuleiros ou do Divino Espírito Santo. Esta festa é uma das componentes da antiga procissão do Império, em honra do Espírito Santo. Todos os tabuleiros, encimados pela coroa e a cruz de Cristo ou a pomba, são transportados por donzelas, pois existe uma estreita ligação entre o Espírito e a Mulher, que é a Sofia, a sabedoria e a portadora da
vida. Estas donzelas são vestidas com as cores da Ordem do Templo/Ordem de Cristo: o vermelho, cor do Espírito Santo, e o branco, a cor da pureza da Virgem Ma...
ria. (*)
Esta festividade, para além de remontar, como já dissemos, às Festas do Imperador, foi instituída por D. Dinis e a Rainha Santa Isabel, no quadro do culto do Espírito Santo. Também está relacionada com as práticas ancestrais de entrega das primícias das colheitas aos deuses e a celebração da fertilidade da terra . Mas, após o concílio de Trento ao condenar este culto transformou-se numa romaria popular, com resquícios do antigo culto.
Uma componente mais recente nesta festividade, de inspiração franciscana, é a celebração igualitária da fraternidade e partilha dos frutos da terra: o bodo e a ceia comum. Os símbolos do Espírito Santo estão bem presentes no sugestivo e impressionante tabuleiro que as moças transportam no cortejo: no cimo a pomba e a coroa e de alto a baixo os pães enfiados em canas (aos quais se atribuíam virtudes milagrosas) e as espigas.
(*) Já vimos que os tempreiros ou cavaleiros templários privilegiaram o culto mariano (observemos as inúmeras denominações e invocações de Santa Maria em várias localidades e igrejas de todo o país). Este culto está patente na Regra templária e, muito naturalmente, continuou na Ordem de Cristo que, como sabemos, graças à acção de D. Dinis é a própria Ordem do Templo refundada, tomando o nome original de Milícia de Cristo.
v. do mesmo autor, Universo Mágico no Ritual Simbólico das Tradições Portuguesas, Apeiron edições
In Eduardo Amarante, “Templários”, vol. 3
Esta festividade, para além de remontar, como já dissemos, às Festas do Imperador, foi instituída por D. Dinis e a Rainha Santa Isabel, no quadro do culto do Espírito Santo. Também está relacionada com as práticas ancestrais de entrega das primícias das colheitas aos deuses e a celebração da fertilidade da terra . Mas, após o concílio de Trento ao condenar este culto transformou-se numa romaria popular, com resquícios do antigo culto.
Uma componente mais recente nesta festividade, de inspiração franciscana, é a celebração igualitária da fraternidade e partilha dos frutos da terra: o bodo e a ceia comum. Os símbolos do Espírito Santo estão bem presentes no sugestivo e impressionante tabuleiro que as moças transportam no cortejo: no cimo a pomba e a coroa e de alto a baixo os pães enfiados em canas (aos quais se atribuíam virtudes milagrosas) e as espigas.
(*) Já vimos que os tempreiros ou cavaleiros templários privilegiaram o culto mariano (observemos as inúmeras denominações e invocações de Santa Maria em várias localidades e igrejas de todo o país). Este culto está patente na Regra templária e, muito naturalmente, continuou na Ordem de Cristo que, como sabemos, graças à acção de D. Dinis é a própria Ordem do Templo refundada, tomando o nome original de Milícia de Cristo.
v. do mesmo autor, Universo Mágico no Ritual Simbólico das Tradições Portuguesas, Apeiron edições
In Eduardo Amarante, “Templários”, vol. 3
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