Revisitando Luiz de Camões,,,
Conquista será a quarta, que no Império
Portuguez só reside com possança:
Pois no emblema e no infimo Hemispherio
... As quatro partes só do mundo alcança.
E as quatro Nações d’elles por mysterio
com que conquista, e tem certa esperança,
Que Christãos, Mouros, Turcos e Gentios,
Juntarão n’uma lei seus senhorios.
Lusíadas, Luiz de Camões.
… A crença na providencialidade do “império” português, de que a extensão quatricontinental da presença lusíada no mundo, representada pela Esfera Armilar e apresenta aqui uma outra interpretação para o termo “Quinto Império”: não o quinto, após quatro, de “quatro impérios”, mas o “quinto” no sentido em que será aquele que tomará a parte dos quatro “impérios” existentes: cristãos, mouros, turcos (muçulmanos) e gentios (pagãos).
E note-se que aqui o “Quinto” aparece não como a vitória dos “Cristãos” sobre os demais, mas incluindo nesta mesma lista e a par dos demais, esta própria crença, sinal da própria autonomia do mandato do Espírito Santo aos reis portugueses, livre de mandato vaticânico e do verdadeiro e último objectivo do “Quinto Império”: estabelecer uma “Lei” única e universal a todos os povos e crenças, transversal e aceitadora até das idiossincracia das crenças diversas, já que no poema se diz “juntarão” e não “converterão”, isto é, só se pode “juntar” aquilo que é por essência diverso e distinto, e não uno, coeso e converso como se poderia deduzir de muitas passagens de outros teóricos do Quinto Império, Vieira incluído
By: Luis De Belo Morais
Conquista será a quarta, que no Império
Portuguez só reside com possança:
Pois no emblema e no infimo Hemispherio
... As quatro partes só do mundo alcança.
E as quatro Nações d’elles por mysterio
com que conquista, e tem certa esperança,
Que Christãos, Mouros, Turcos e Gentios,
Juntarão n’uma lei seus senhorios.
Lusíadas, Luiz de Camões.
… A crença na providencialidade do “império” português, de que a extensão quatricontinental da presença lusíada no mundo, representada pela Esfera Armilar e apresenta aqui uma outra interpretação para o termo “Quinto Império”: não o quinto, após quatro, de “quatro impérios”, mas o “quinto” no sentido em que será aquele que tomará a parte dos quatro “impérios” existentes: cristãos, mouros, turcos (muçulmanos) e gentios (pagãos).
E note-se que aqui o “Quinto” aparece não como a vitória dos “Cristãos” sobre os demais, mas incluindo nesta mesma lista e a par dos demais, esta própria crença, sinal da própria autonomia do mandato do Espírito Santo aos reis portugueses, livre de mandato vaticânico e do verdadeiro e último objectivo do “Quinto Império”: estabelecer uma “Lei” única e universal a todos os povos e crenças, transversal e aceitadora até das idiossincracia das crenças diversas, já que no poema se diz “juntarão” e não “converterão”, isto é, só se pode “juntar” aquilo que é por essência diverso e distinto, e não uno, coeso e converso como se poderia deduzir de muitas passagens de outros teóricos do Quinto Império, Vieira incluído
By: Luis De Belo Morais
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