ORIGEM ATLANTE PRESENTE NA ALMA PORTUGUESA
Na Península Ibérica, e de forma particular em Portugal, encontramos vestígios indesmentíveis das culturas pré-lusitanas, quer nos monumentos megalíticos, quer nas tradições locais, relativos aos cultos solsticiais[1].
Este povo, que erigiu monumentais blocos de pedra, com uma técnica e simbologia específicas, e que muito provavelmente seria originário da então raça atlante, teria afinidades com vários outros povos importantes na época, como sejam, os tartéssios a sul e os antepassados dos vikings a norte, constituindo, desse modo, a raiz pré-histórica do povo luso.
Para o general João de Almeida, a origem primitiva da raça portuguesa descendia dos sobreviventes da raça atlante, cuja última parte do continente (a Atlântida) foi engolida pelas águas do Atlântico aquando do último grande dilúvio da humanidade ocorrido há cerca de 11.500 anos. Segundo tradições antigas, os atlantes ou os seus descendentes, após este grande cataclismo, teriam deixado em todo o Ocidente, não muito longe da costa, sinais escritos e construções megalíticas que coincidiam com linhas, caminhos ou vias, legando dessa forma uma indicação e, sobretudo, um ensinamento que, mais tarde, veio a ser descoberto e interpretado pelos druidas que, instruídos nessa via, puderam assim utilizá-lo. Esse conhecimento terá sido legado, posteriormente, à Ordem de Cister e, através dela, aos Cavaleiros da Milícia de Cristo, isto é, aos templários.
Fazendo fé nesta antiga tradição, a “raça portuguesa” teria um fundo atlante que seria anterior a todas as posteriores invasões e migrações territoriais. A este propósito, escreve o mesmo autor:
“O sentimento da existência da Atlântida nunca se perdeu, ele esteve sempre na memória dos lusitanos e perdura ainda na alma dos portugueses.”
Tratar-se-ia do inconsciente colectivo que actua na alma, no modus operandi do povo português. Essa reminiscência do continente perdido no fundo do Atlântico (que deu origem ao mito do Dilúvio e da Arca de Noé[2]) explicaria o carácter marítimo e expansionista dos portugueses, da alma lusa. E isto porque o seu inconsciente colectivo impele-os para a busca da aventura rumo ao desconhecido, como que à procura de algo que está para além da memória, alimentados pela eterna saudade do que foi e do que será. Por mais paradoxal que seja, o português não encontra estímulos no tempo presente; é no passado (na nostalgia das origens, na saudade) e no futuro que ele se move, buscando nessa fonte a barca do seu destino e a força do seu génio.
in Eduardo Amarante, "Templários", Vol. 2
[1] As várias tribos, na sua diáspora, foram conduzidas por um colégio de sábios. A repartição dos dólmens e menires em toda a costa ocidental da Europa indicar-nos-ia os pontos de refúgio dos atlantes dispersos.
[2] A este propósito, e de acordo com a mesma tradição, existia uma civilização portentosa no meio do Oceano Atlântico que, tendo sido alvo de vários cataclismos (o primeiro ascenderia a mais ou menos 800.000 anos), desapareceu no último ocorrido há cerca de 11.500 anos. Esse desastre terrível e de dimensão universal impactou na memória dos homens sob as mais diversas formas. A mais conhecida (por ter sido relatada no texto sagrado do cristianismo – a Bíblia) é o mito do Dilúvio e da Arca de Noé. Os sobreviventes desse povo atlante, detentor de conhecimentos superiores aos do resto da humanidade, espalharam-se numa verdadeira diáspora para Oriente (nomeadamente a Europa e, posteriormente, a Ásia) e Ocidente (a América), tendo deixado inúmeros vestígios em vários locais, sobretudo próximo do litoral, sob a forma de monumentos megalíticos e, simultaneamente, transmitiram determinados conhecimentos (de agricultura, de construção, etc.) aos povos autóctones, menos evoluídos. L Charpentier escreve a este propósito: “Torna-se natural encontrar, em todos os povos inicialmente ensinados por esse povo disperso, uma identidade de tradições, que persiste apesar das diferenças de raça, de língua e de religião. E enquanto essa tradição se mantiver nas irmandades de ofício ensinadas tradicionalmente, haverá uma base comum, princípios comuns, aplicados à erecção dos monumentos sagrados…”
Assim, e apesar da perda de memória do seu passado, o dilúvio é um assunto que está presente nos camponeses portugueses. Várias são as localidades que reclamam a fama de terem sido fundadas pelos filhos de Noé, cuja arca aportou em várias partes do país.
A este propósito, consultar do autor a obra “Universo Mágico e Simbólico de Portugal”.
http:// www.eduardoamarantesantos.blogs pot.pt/2012/09/ origem-atlante-presente-na-alma .HTML
Na Península Ibérica, e de forma particular em Portugal, encontramos vestígios indesmentíveis das culturas pré-lusitanas, quer nos monumentos megalíticos, quer nas tradições locais, relativos aos cultos solsticiais[1].
Este povo, que erigiu monumentais blocos de pedra, com uma técnica e simbologia específicas, e que muito provavelmente seria originário da então raça atlante, teria afinidades com vários outros povos importantes na época, como sejam, os tartéssios a sul e os antepassados dos vikings a norte, constituindo, desse modo, a raiz pré-histórica do povo luso.
Para o general João de Almeida, a origem primitiva da raça portuguesa descendia dos sobreviventes da raça atlante, cuja última parte do continente (a Atlântida) foi engolida pelas águas do Atlântico aquando do último grande dilúvio da humanidade ocorrido há cerca de 11.500 anos. Segundo tradições antigas, os atlantes ou os seus descendentes, após este grande cataclismo, teriam deixado em todo o Ocidente, não muito longe da costa, sinais escritos e construções megalíticas que coincidiam com linhas, caminhos ou vias, legando dessa forma uma indicação e, sobretudo, um ensinamento que, mais tarde, veio a ser descoberto e interpretado pelos druidas que, instruídos nessa via, puderam assim utilizá-lo. Esse conhecimento terá sido legado, posteriormente, à Ordem de Cister e, através dela, aos Cavaleiros da Milícia de Cristo, isto é, aos templários.
Fazendo fé nesta antiga tradição, a “raça portuguesa” teria um fundo atlante que seria anterior a todas as posteriores invasões e migrações territoriais. A este propósito, escreve o mesmo autor:
“O sentimento da existência da Atlântida nunca se perdeu, ele esteve sempre na memória dos lusitanos e perdura ainda na alma dos portugueses.”
Tratar-se-ia do inconsciente colectivo que actua na alma, no modus operandi do povo português. Essa reminiscência do continente perdido no fundo do Atlântico (que deu origem ao mito do Dilúvio e da Arca de Noé[2]) explicaria o carácter marítimo e expansionista dos portugueses, da alma lusa. E isto porque o seu inconsciente colectivo impele-os para a busca da aventura rumo ao desconhecido, como que à procura de algo que está para além da memória, alimentados pela eterna saudade do que foi e do que será. Por mais paradoxal que seja, o português não encontra estímulos no tempo presente; é no passado (na nostalgia das origens, na saudade) e no futuro que ele se move, buscando nessa fonte a barca do seu destino e a força do seu génio.
in Eduardo Amarante, "Templários", Vol. 2
[1] As várias tribos, na sua diáspora, foram conduzidas por um colégio de sábios. A repartição dos dólmens e menires em toda a costa ocidental da Europa indicar-nos-ia os pontos de refúgio dos atlantes dispersos.
[2] A este propósito, e de acordo com a mesma tradição, existia uma civilização portentosa no meio do Oceano Atlântico que, tendo sido alvo de vários cataclismos (o primeiro ascenderia a mais ou menos 800.000 anos), desapareceu no último ocorrido há cerca de 11.500 anos. Esse desastre terrível e de dimensão universal impactou na memória dos homens sob as mais diversas formas. A mais conhecida (por ter sido relatada no texto sagrado do cristianismo – a Bíblia) é o mito do Dilúvio e da Arca de Noé. Os sobreviventes desse povo atlante, detentor de conhecimentos superiores aos do resto da humanidade, espalharam-se numa verdadeira diáspora para Oriente (nomeadamente a Europa e, posteriormente, a Ásia) e Ocidente (a América), tendo deixado inúmeros vestígios em vários locais, sobretudo próximo do litoral, sob a forma de monumentos megalíticos e, simultaneamente, transmitiram determinados conhecimentos (de agricultura, de construção, etc.) aos povos autóctones, menos evoluídos. L Charpentier escreve a este propósito: “Torna-se natural encontrar, em todos os povos inicialmente ensinados por esse povo disperso, uma identidade de tradições, que persiste apesar das diferenças de raça, de língua e de religião. E enquanto essa tradição se mantiver nas irmandades de ofício ensinadas tradicionalmente, haverá uma base comum, princípios comuns, aplicados à erecção dos monumentos sagrados…”
Assim, e apesar da perda de memória do seu passado, o dilúvio é um assunto que está presente nos camponeses portugueses. Várias são as localidades que reclamam a fama de terem sido fundadas pelos filhos de Noé, cuja arca aportou em várias partes do país.
A este propósito, consultar do autor a obra “Universo Mágico e Simbólico de Portugal”.
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