Feliz Primavera...
ATÉGINA - DEUSA LUSITANA DA PRIMAVERA
"A etimologia da palavra "Atégina" parece provir do celta ate-gena que significa renascida. Atégina seria assim, na origem, deusa da terra e dos frutos da terra, que renascem todos os anos.
...
No Equinócio de Outono, celebra-se o ritual que representa a descida de Atégina aos Infernos (submundo). Conta-nos a tradição que Atégina desce ao submundo (tal como Proserpina), em busca do seu amado Endovélico (equivalente, no submundo, a Hades/Plutão), que fora morto por um grande javali (que simboliza as forças da destruição, cuja função é destruir a forma para que a essência possa renascer). Atégina encontra-se no submundo com o seu amado Endovélico, o Muito Negro, agora Senhor do Mundo dos Mortos. Atégina, que simboliza a força que tudo vivifica, ao mergulhar nas trevas da Morte abandona o Mundo dos Vivos à escuridão e ao frio invernal, despojando a natureza de tudo o que antes era verde e florido.
As imagens de Atégina e de Endovélico ficam guardadas no sacrário durante os meses escuros e só são retiradas no Equinócio de Primavera, a festa do Desabrochar da Vida.
A semente, debaixo da terra, passa por um verdadeiro processo alquímico de putrefacção, surgindo, deste caos germinal, o rebento verde que se elevará, em busca do Sol: Endovélico (o que floresce), voltará a brilhar sobre a superfície. O botão, no tempo certo, florescerá, e Atégina ressurge, renascida, plena de Vida, Alegria, Beleza e Amor!"
Eduardo Amarante
Ilustração: Atégina. Mármore, 210x93x72 cm, do artista Pedro Roque Hidalgo. Museu do Mármore, Vila Viçosa, Portugal, 2008.
ATÉGINA - DEUSA LUSITANA DA PRIMAVERA
"A etimologia da palavra "Atégina" parece provir do celta ate-gena que significa renascida. Atégina seria assim, na origem, deusa da terra e dos frutos da terra, que renascem todos os anos.
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No Equinócio de Outono, celebra-se o ritual que representa a descida de Atégina aos Infernos (submundo). Conta-nos a tradição que Atégina desce ao submundo (tal como Proserpina), em busca do seu amado Endovélico (equivalente, no submundo, a Hades/Plutão), que fora morto por um grande javali (que simboliza as forças da destruição, cuja função é destruir a forma para que a essência possa renascer). Atégina encontra-se no submundo com o seu amado Endovélico, o Muito Negro, agora Senhor do Mundo dos Mortos. Atégina, que simboliza a força que tudo vivifica, ao mergulhar nas trevas da Morte abandona o Mundo dos Vivos à escuridão e ao frio invernal, despojando a natureza de tudo o que antes era verde e florido.
As imagens de Atégina e de Endovélico ficam guardadas no sacrário durante os meses escuros e só são retiradas no Equinócio de Primavera, a festa do Desabrochar da Vida.
A semente, debaixo da terra, passa por um verdadeiro processo alquímico de putrefacção, surgindo, deste caos germinal, o rebento verde que se elevará, em busca do Sol: Endovélico (o que floresce), voltará a brilhar sobre a superfície. O botão, no tempo certo, florescerá, e Atégina ressurge, renascida, plena de Vida, Alegria, Beleza e Amor!"
Eduardo Amarante
Ilustração: Atégina. Mármore, 210x93x72 cm, do artista Pedro Roque Hidalgo. Museu do Mármore, Vila Viçosa, Portugal, 2008.
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