Meditação por Portugal

Ao Encontro da Alma Luzitana

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quarta-feira, 17 de abril de 2013


Portugal e os seus Lugares Mágicos

CROMELEQUE DOS ALMENDRES, Aldeia de Guadalupe (próximo de Évora)

“É um monumento megalítico constituído por dois conjuntos de menires dispostos em círculos concêntricos, com diferentes formas e dimensões, alguns cilíndricos, outros esféricos ou de aspecto estelar.
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Estes menires formaram dois recintos erguidos em épocas diferentes, geminados e orientados segundo os equinócios. O mais antigo definia-se por dois ou três círculos concêntricos de monólitos de pequena dimensão, ao qual se associou mais tarde, no lado ocidental, um outro composto por duas elipses concêntricas com menires de grandes dimensões.

Mais tardiamente ambas as estruturas sofreram assinaláveis modificações, tendo o recinto inicial sido transformado numa espécie de átrio que orientaria e solenizaria os rituais mágico-religiosos ali praticados. Um dos menires (o 57) tem insculpidas 13 representações de báculos. O menir seguinte (o 58), situado na extremidade norte do eixo mais pequeno do recinto, mostra-nos 3 imagens solares radiadas.

Assim, este conjunto megalítico dos Almendres estaria ligado às observações astronómicas e previsões astrológicas, como também a cultos ligados à fecundidade. Estes cultos são sugeridos pelo falomorfismo de alguns dos menires presentes. O recinto terá sido desactivado durante a época do calcolítico.” – Eduardo Amarante

http://www.edicoes-apeiron.blogspot.pt/p/livraria.html



Portugal e os seus Lugares Mágicos
 
CROMELEQUE DOS ALMENDRES, Aldeia de Guadalupe (próximo de Évora) 

“É um monumento megalítico constituído por dois conjuntos de menires dispostos em círculos concêntricos, com diferentes formas e dimensões, alguns cilíndricos, outros esféricos ou de aspecto estelar. 

Estes menires formaram dois recintos erguidos em épocas diferentes, geminados e orientados segundo os equinócios. O mais antigo definia-se por dois ou três círculos concêntricos de monólitos de pequena dimensão, ao qual se associou mais tarde, no lado ocidental, um outro composto por duas elipses concêntricas com menires de grandes dimensões. 

Mais tardiamente ambas as estruturas sofreram assinaláveis modificações, tendo o recinto inicial sido transformado numa espécie de átrio que orientaria e solenizaria os rituais mágico-religiosos ali praticados. Um dos menires (o 57) tem insculpidas 13 representações de báculos. O menir seguinte (o 58), situado na extremidade norte do eixo mais pequeno do recinto, mostra-nos 3 imagens solares radiadas. 

Assim, este conjunto megalítico dos Almendres estaria ligado às observações astronómicas e previsões astrológicas, como também a cultos ligados à fecundidade. Estes cultos são sugeridos pelo falomorfismo de alguns dos menires presentes. O recinto terá sido desactivado durante a época do calcolítico.” – Eduardo Amarante
 
http://www.edicoes-apeiron.blogspot.pt/p/livraria.html
 
PORTUGAL E OS SEUS LUGARES MÁGICOS
"Anta de Zedes" também conhecida como "Casa da Moura", classificada como Sítio de Interesse Público

Um dos monumentos megalíticos mais emblemáticos de Trás-os-Montes, foi classificado como Sítio de Interesse Público. Fica em Carrazeda de Ansiães Chamam-lhe "Casa da Moura" mas está identificado como "Anta de Zedes".

Esta anta, também designada por Casa da Moura, é formada por uma grande câmara poligonal de nove esteios. Na sua entrada, salienta-se um vestíbulo constituído por duas lajes. É de destacar, também, as figuras humanas pintadas a vermelho e uma serpente. Com as escavações arqueológicas, foram encontrados pedaços de cerâmica manual e uma faca em sílex. Está classificada como Monumento Nacional desde 1910.

Alves Mateus/Nuno Miguel Fernandes17 Abr, 2013, 09:19


O SIMBOLISMO MÁGICO-RELIGIOSO DOS BÉTILOS E DAS PEDRAS ORACULARES
No actualmente chamado Cabo de S. Vicente-Sagres viam-se outrora pedras sagradas, junto das quais se celebravam ritualmente certas cerimónias religiosas. Movers relaciona estas pedras com o culto dos bétilos. Segundo Roscher, os bétilos eram aerólitos, e... supunha-se que neles existia vida divina, pelo que em certos lugares sagrados os veneravam, ungiam e coroavam.

Estas pedras tinham, sem dúvida, um simbolismo mágico-religioso.

“Em todas as épocas, escreve Leite de Vasconcelos, as pedras foram tidas, em certas circunstâncias, como divindades ou símbolos delas." Estas pedras, no que se refere a Portugal, encontram-se um pouco por todo o território, mas com especial incidência no Alentejo.

O bétilo é um termo de origem semítica (Beith-el) que significa “Casa de Deus”. Trata-se de pedras sagradas que eram um dos receptáculos da potência divina, como o Omphalos de Delfos. Simbolizam a união entre dois níveis de existência, sejam eles o Céu e a Terra, ou Deus e o Homem.

A pedra erguida, seja ela o linga hindu, o bétilo semítico, o menir céltico, o omphalos grego, o obelisco egípcio, é um símbolo universal, e concebido desde o começo como “Centro da Terra”, por onde passa o Eixo do Mundo ou Árvore cósmica que faz a comunicação entre o mundo dos mortos, o mundo dos vivos e o mundo dos deuses.

As pedras podem ser “carregadas” magneticamente, e os bétilos ou menires, quando se encontram no ponto de intersecção das energias cósmicas e telúricas, e são activados por rituais mágico-religiosos, funcionam como agulhas vitalizadoras dos pontos sensíveis ou chakras da Terra. É por isso que existem tradições em todo o mundo sobre pedras oraculares, e pedras que operam prodígios tanto no domínio da saúde como da fertilidade. Evidentemente que os construtores de dólmens e menires tinham profundos conhecimentos da anatomia terrestre, e só assim se explica o gigantesco esforço que foi necessário para a trasladação dos megálitos. Hoje só nos restam as suas ruínas e as tradições que sobreviveram ao império do tempo.

Extracto de "Universo Mágico e Simbólico de Portugal", Eduardo Amarante
 

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