A Serra de Sintra constituiu sempre um lugar privilegiado, um aro feito de místicas e encantadas tradições que, a bem dizer, seria uma espécie de Mons Sacer ou Monte Santo onde um dia a Tradição do Santo Graal se fundou e cujos Cavaleiros da Demanda nas funduras da Serra se perderam para, afinal, se encontrarem…
Chegou até, entre os séculos XV e XVIII, a haver necessidade de um salvo-conduto para puder circular livremente pelos caminhos interditos da Serra, como conta o botânico suíço Charles Fréderic de Merveilleux ao serviço do rei D. João V (Memórias Instrutivas de Portugal (1723-1726) – in O Portugal de D. João V visto por três forasteiros. Tradução, prefácio e notas por Castelo Branco Chaves, 2.ª edição, Lisboa, Biblioteca Nacional, 1989).
Sintra assumia-se Sagrada desde há muito, sendo trilhada por caminhos de fé atravessando quintas e terras ora de ordens clericais, ora nobres ricos, ora da própria Coroa. Daí, também, a necessidade do dito salvo-conduto…
Um dos itinerários de maior importância franciscana era o que saía do pé da Vila e subia a Serra até onde está a Cruz Alta, sendo pois Via Crucis, tendo início na primitiva ermida florestal do Senhor dos Passos dos franciscanos do lugar da Boiça ou Bouça, de que ainda sobra hoje o topónimo caminho dos frades. Subia transpondo o espaço da actual Quinta da Regaleira – de que sobeja pequeno azulejo retratando a descida da Cruz de Jesus – ia ter ao Casal de São Jorge e prosseguia Serra acima até à Cruz Alta, onde o intuído poeta Francisco Costa (1933) deixou na lápide aí “que o Céu visasse o que une o Céu à Terra”… Sobeja também, num recanto defronte ao Casal de Santa Margarida (onde o famoso mago inglês Aleister Crowley esteve hospedado cerca de 1930), um oratório com a Cruz que tinha uma pintura ou azulejo do Senhor dos Passos e sobeja só a cruz cimeira.
No século XIX, tendo já desaparecido a freiria franciscana, o lugar da Boiça passou para a posse dos descendentes da família do inglês Francis Cook, igualmente proprietária do Palácio de Monserrate. Foi quando se fundou a Quinta da Boiça, que ocupa 10 hectares de floresta e hoje destina-se ao turismo rural.
Contudo, ficou a memória dos Espirituais franciscanos aí, e também o testemunho dos seus conhecimentos iniciáticos recolhidos na Fons Magna Sapientia de que alguns deles seriam participes directos ou membros privilegiados: a Ordem de Mariz, a mesma do Culto Universal de Melki-Tsedek de quem foi “círculo de resistência” a Ordem Franciscana, cuja presença humana e espiritual, causalmente, envolve toda a Serra de Sintra e os caminhos do seu Itinerário Jina, dispostos como um Sistema Solar mas conformados a este Geográfico da Terra: Castelo dos Mouros (Sol) – Santa Eufêmia (Lua) – São Martinho (Marte) – Seteais (Mercúrio) – Pena (Júpiter) – Lagoa Azul (Vénus) – São Saturnino (Saturno), e mais a Trindade como 8.ª Coisa ou Causa originadora.
É assim que no vale escondido ao fundo da Quinta da Boiça, na chamada “Boiça ou Bouça dos Cães”, nas proximidades da estrada para Colares, existe, à entrada de um forno circular e disfarçada entre tantas mais pedras que suportam o acesso, uma lápide deveras significativa escrita em misteriosos caracteres, misto de símbolos e hierogramas.
Constitui uma das relíquias da Teurgia Portuguesa que não hesita em cognominá-la Pedra Santa de Kurat (a ponto de uma cópia sua figurar no seu Templo Supremo, junto ao trípode, de modo às suas inscrições tornarem-se etérea ou akashicamente Letras de Fogo ou As-Gardi…), e, quiçá, muito tenha a ver com essa misteriosa Plêiade dos Anciãos da Soberana Ordem de Mariz.
Creio que a Pedra de Kurat foi posta aí muito tardiamente possivelmente trazida de cima para baixo, da primitiva ermida franciscana para o forno de cal. Também nisto há Alquimia e Iniciação, tudo encoberto no óbvio das aparências…
Tal como o Eterno ditou os Mandamentos da Lei aos vários Manus ou Legisladores de Raças, enviando do Céu o seu Raio Jupiteriano à Terra inscrevendo na Pedra com Letras de Fogos as suas Ordens, também assim esta Pedra desceu do alto do monte para aqui, a Bouça dos Cães. É neste sentido que encaixa o termo aghartino As-Gardi, com vários significados: “Fogo que Escreve”, “Raio caído do Céu que grava o Verbo Divino ou Solar”, “A Primeira Pedra dos Mandamentos”, “Ajoelhar-se (prostrar-se) diante de Deus quando fala, ou se manifesta”.
Em fenício, tem-se a palavra Agariman, que significa: “Deus em oposição ou caído”. Na língua persa existe a palavra Ariman, “Em oposição a Ormuzd”. No tupi há a palavra Agariman, “Estrela caída do Céu”. Em chinês existe Agachima, “Dragão que fala lançando fogo”. O Quinto Sub-Posto Sul-Mineiro (Brasil) do Quinto Posto de Sintra no Sistema Geográfico Internacional, ou seja São Tomé das Letras, tem o nome aghartino de Asgarmat, e ambos os Postos estão sob a égide do Quinto Senhor da Ara de Fogo (Arabel…), que no Passado longínquo foi a tal “Estrela caída do Céu”, como canta a Exaltação ao Graal, Ara de Fogo essa que hoje é toda a Sintra ou Sishita, antanho Karma-Shishita ou Shista, em sânscrito, e agora, pela Redenção do Quinto Ishvara, sendo Dharma-Sishita, a “Pedra Branca da Lei”, a primitiva Pedra de Algol (Shakti ou Contraparte de Arabel) convertida Pedra de Asgardi, a mesma com que Asgartock ou Akdorge dita as Regras do Pramantha ou da Grande Fraternidade Branca para o Novo Ciclo da Humanidade, sob a direcção da “Tradição dos nossos Maiores” (Avarat).
No Dicionário de Língua Portuguesa, bouça significa “terreno inculto de mato”, e bouçar “queimar o mato num terreno de lavoura para se fazer a sementeira”, enquanto cão, para além do animal, é também figurado popularmente como diabo, e o seu anagrama, tirando o til do a, é oca, “buraco”. Portanto, “o diabo da oca”, que é dizer, os Assuras da Sura-Loka, a 5.ª Embocadura Sintriana, e por isso estão no fundo do vale expressando o próprio Fogo de Kundalini, o mesmo do Espírito Santo que em sua natureza andrógina é como a cal: misturando água (elemento feminino) no fogo sólido que é a cal (elemento masculino), obtém-se a fervura líquida cujos vapores parecem-se ao enxofre, que na Alquimia representa o Espírito. De maneira que Kundalini, Assuras e o Filho Akdorge ficam em baixo, na Bouça dos Cães, representando o próprio Seio da Terra, e quem está aí e olha para cima, vê nas alturas um cruzeiro junto a duas janelas (do antigo espaço quinhentista de D. João de Castro na Quinta da Penha Verde) que mais parecem os “Olhos do Céu”, a Excelsa Mãe Divina Allamirah, assim reflectindo o Seio do Céu e a Luz de Fohat.
Fohat e Kundalini no mais perfeito dos equilíbrios ou neutralidades na sua própria Yoga, ocupados na sementeira monádica de um novo estado de consciência, bouçando com o Fogo do Espírito Santo – o Terceiro Trono - os elementos podres e gastos do Passado.
Elementos podres e gastos como esse pressuposto dono da quinta que, acompanhando de dois cães infiéis latindo furiosos como se fossem possuídos pelo cão negro Pot-Alef das Forças do Mal, vomitou ou bolçou impropérios os mais desrespeitosos, há alguns anos interceptando-me e ao Paulo Machado Albernaz, discípulo directo do Professor Henrique José de Souza durante 33 anos, junto ao portão público da mesma. Quase perdi a paciência perante o chorradilho das ofensas despropositadas desse cidadão que me culpou por a Câmara Municipal de Sintra não lhe dar os apoios que pretendia para os seus empreendimentos na propriedade, como se eu tivesse alguma coisa a ver com a edilidade… O Paulo interveio, “pôs água na fervura” (que vai bem com a cal) e, já afastados, contou a história ocorrida com o Professor Henrique J. S., quando a chave de uma cristaleira fechada ficara dentro dela e ninguém a conseguia abrir. Mas o Professor abriu-a com uma simples ordem… Pois que, neste caso, fique fechada a ganância perdulária não com uma mas com sete chaves, que é o que a impuberdade jiva merece e só.
Para esse cidadão mal-educado por certamente má criação que é condição quase inata ao estatuto burguês de quem já nasceu rico e pensa que tem “o rei na barriga” e a Humanidade só existe para ser maltratada e o servir (“é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus…”, já dizia Jesus), também vale a Pedra de Kurat com o seu “Aviso Celeste”: Zig-Zag.
Sim, esse é termo aghartino expressando o Raio Divino que ziguezagueando desceu à Terra fulminando tudo à sua passagem, até a sua ponta, como se fosse o Dedo de Deus (Aca-Bangu, em tupi), inscrever as Leis do Novo Pramantha a Luz. De Zig-Zag originou-se Zain, Zaini, Sinai, Asin, Ashin, todas com o significado de Deus, e também Zait, Ziat e Cruziat, o Cruzeiro do Sul (ao qual Fernando Pessoa chamada de “Sul Sidéreo da Iniciação” na sua Mensagem), existindo também o Ziat-Rabi-Muni com que se sela o At Niat Niatat, “Um por Todos e Todos por Um”. Tudo de acordo com o Alfabeto Assúrico ou Vatan, que é a Língua Sagrada de Agharta.
A Pedra de Kurat é composta por 17 símbolos ou petroglifos sobrepostos em três fileiras (17×3 = 51, Arcano Menor “O Assessoramento”, correspondendo ao “Rei de Espadas”, tanto valendo por Chefe dos Tributários que é Akdorge. 5+1= 6, Arcano “O Amoroso”, que é Akbel como mais 1 adiante ou somando valor ao 5 ou 5.º, trasladando já o Quinto para o Sexto Sistemas de Evolução Universal, tal qual, numa escala ou arcano menor, a 5.ª Raça-Mãe se transfunde já na 6.ª Raça-Mãe, onde o Mental se funde no Intuicional, ou seja, a Bimânica). O seu conjunto dispõe-se da maneira seguinte:
Passo de seguida à leitura deste enigma epigráfico – que fui eu quem o interpretou em 1980 e até ao momento o único a tê-lo decifrado, além da primazia de revelar a existência da Pedra de Kurat, comummente chamada “Pedra da Boiça”, o que levou o maior epigrafista nacional vivo a perguntar-me assombrado como eu soubera tais coisas, e lhe respondido que “um passarinho segredara-me ao ouvido” – o qual se compõe, na realidade, de escrita jina do alfabeto Vatan ou, se se quiser, Atlante.
Isso atendendo a que as duas primeiras Raças-Mães (Polar e Hiperbórea) eram mudas, e os primeiros homens que conseguiram falar, a partir da metade da 3.ª Raça-Mãe Lemuriana, aprenderam com os animais. Esta linguagem primordial usada pela Humanidade primitiva chamou-se Linguagem Totémica, foi desenvolvida na 4.ª Raça-Mãe Atlante e tomou os nomes de Vatan ou Vatanan originando o Devanagari, e até hoje é a mesma usada pelos Munis e Todes para se entenderam com os Totens dos vários Reinos. Associa-se à Língua Senzar, mas esta é uma linguagem interior ou muda – a Filia Vocis, poeticamente chamada Voz do Coração e Voz do Silêncio – e aquela é exterior ou falada, passando a Escrita Assúrica na qual os símbolos expressam realidades de ordem transcendente, abarcando simultaneamente os Mundos Físico, Psicomental e Espiritual.
O primeiro petroglifo na primeira linha, corresponde à 16.ª letra devanagari do primitivo alfabeto sânscrito, Ta, ou à egípcia To, logo seguido do segundo petroglifo, Ma. Portanto: “toma, tomai, caminho”. Seguidamente o terceiro petroglifo, Da ou Em, ligando-se ao quarto, relacionado com a 22.ª letra devanagari (a “Escrita de Shiva”, o Espírito Santo), Pha, e a 19.ª vatânica, Ĥe, logo: “frente, adiante”. Segue-se o outro petroglifo, Rô, em egípcio, e com a seta apontando para baixo: Ta, também em egípcio, deduzindo-se: “para, sol, indicativo”. Por fim, o último petroglifo da linha, Ka, 11.ª letra do Vatan significando “alma”, e Ĥe, “acima, suprema”. Logo, “Alma Suprema”, que com a anterior equivale a “Espírito do Sol”.
Assim, tem-se:
– SEGUI O CAMINHO ILUMINADO, EM FRENTE, RUMO À LUZ SUPREMA.
Na segunda linha, o primeiro petroglifo apresenta-se com duas letras. A letra cimeira é a 20.ª do Vatan, Te, e a segunda a 34.ª, La, donde: “levantai-vos, erguei-vos”. Vem depois o segundo petroglifo, cujo traço horizontal formando ós, além do h e do m, designam o “homem”. Segue-se o terceiro petroglifo como junção de duas letras jinas: Ya, e Ga, justamente a 10.ª e a 3.ª do supracitado alfabeto, significando: “juntos, unidos”. Aparece em seguida o quarto petroglifo, com o traço horizontal não tocando um dos ós, que assim forma um u, além do h e do m, portanto, tem-se “mulher”. Logo vem o quinto petroglifo que, sem o acento indicativo no ó inferior, quer dizer Phe em devanagari, e com a terceira letra vatânica Ga, leva a: “elevai, subi, ascendei, despertai” a: Kundalini (sexto petroglifo), a Luz Interior, recebendo o fluxo espiritual do Sol, de Fohat por cima dela (5.º petroglifo da 1.ª linha). E esse despertamento só será justo e perfeito se o Homem e a Mulher dominarem e sublimarem as suas paixões e instintos inferiores, enfim, a passional natureza carnal (sétimo petroglifo).
Desse modo, compõe-se:
– ERGUEI-VOS UNIDOS, HOMEM E MULHER! DESPERTAI A VOSSA LUZ INTERIOR PELA SUBLIMAÇÃO DA NATUREZA INFERIOR.
Na terceira linha, o petroglifo em primeiro lugar é o mais complexo por compor-se de vários hierogramas: o X é a 30.ª letra vatânica, Qe; o vaso é a 25.ª, ne; as asas do vaso o triângulo vertido, Pe, e o triângulo invertido, Pa, as 28.ª e 39.ª letras do mesmo Vatan; a Árvore da Vida iluminada pelo Sol, são os três tramos do arbusto (a sarça ardente?) com a esfera cimeira, que querem dizer “uno-trino” em língua jina. Portanto: “No relicário do coração a Trindade é Unidade”. Vem depois o segundo petroglifo que faz lembrar um deva, uma criatura angélica, sendo composto de três siglas: 8, “infinito”, S, a 33.ª letra vatânica significando The, “conter”, e a 11.ª Ka, “alma”. Logo: “a Alma contém o Infinito”. Curioso o traço no cimo da figura sugerir o chakra coronário apontando Kundalini imediatamente acima. Segue-se o terceiro petroglifo, também ele formado por três letras jinas: a 6.ª, “ora”, a 12.ª, “e”, e a 17.ª, “ore”, isto é: “ora e labora”, o mesmo que “por espirituais esforços”. Desfeche o quarto petroglifo, a “chave”. Simbólica e realmente, a “chave canónica” (Pushkara) é a única que dá direito a abrir os portais dos Mundos Subterrâneos. Por isso mesmo, além de matemática ou canónica, representa em si a tradicional “Palavra Perdida” (Xem-Ha-Meforax), a que se referem os Adeptos Vivos (um destes o próprio São Francisco de Assis, da Linha dos Místicos ou Amorosos que é a Kut-Humi), guardada no Sanctum Sanctorum da MANSÃO DO AMANHECER: o LABORATÓRIO DO ESPÍRITO SANTO como a mesmíssima SHAMBALLAH, com a qual SINTRA tem relações íntimas desde os tempos mais remotos, pois que também esta MONTANHA SAGRADA, no seu papel crucial do Presente para o Futuro, é igualmente a ARA DO FOGO SAGRADO, ou por outra, o SOL DO NOVO AMANHECER.
Voltando à frase da terceira e última linha, tem-se na composição final:
– EM VOSSO CORAÇÃO MORA DEUS UNO-TRINO, E A VOSSA ALMA ABARCARÁ O INFINITO SE, POR ESPIRITUAIS ESFORÇOS, OBTIVERDES A CHAVE DA REALIZAÇÃO.
Quanto ao número de símbolos da Pedra, 17 (número do biorritmo de Portugal), corresponde à 17.ª lâmina do Tarot de JHS: “O Verbo em Acção. A Trajectória dos Avataras do Céu à Terra (Vitória de Akbel)”. Sendo no Tarot Sacerdotal Aghartino “A Imortalidade”, acompanhando a lâmina a respectiva legenda: “Eu via o Sexto Sistema. Um Sol Central tinha por embrião enorme Borboleta saindo de um Ser de aspecto feminino. Tive a impressão de que chocavam enorme Ovo, que era aquele mesmo Sol”.
O 17 mais as 3 linhas dão o número 20, que como Arcano de JHS é o da: “Metástase Avatárica. Saída do Ciclo de Necessidade”. E como Arcano de Agharta é “O Julgamento”, com a legenda correspondente: “Eu via um vasto cemitério, de cujos túmulos saía uma luz violácea… Um grande Ser, cercado de luzes, trazia uma Espada Ígnea; tinha de cada lado um outro Ser: um de encarnado com uma espada e outro de verde, com uma palma”.
Numa composição livre, rimada, a desfechar este tema singular, assim posso dispor as frases componentes da mensagem epigráfica da Pedra Santa de Kurat:
Tomai o caminho certo
Ide adiante com paz serena.
Nada está morto nem encoberto
A quem ruma à Luz Suprema.
Erguei-vos, ó Humanidade!
Elevai-vos com resolução,
Todos juntos, em unidade,
Acima da fera paixão.
Vossa Alma o Infinito terá
Se a Chave da Luz tiver.
E não mais esforço haverá
Quando com Deus viver.
Créditos fotográficos: Arquivo Comunidade Teúrgica Portuguesa e Paulo Andrade.
Obra referencial: Sintra, Serra Sagrada (Capital Espiritual da Europa), por Vitor Manuel Adrião. Editora Dinapress, Lisboa, Abril de 2007.
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