Manifesto-Movimento pela Cultura
9 - A actualização do potencial ou vocação dos portugueses para uma globalização alternativa pode traduzir-se hoje, como viu Agostinho da Silva, na inversão do movimento da Expansão. Se em Quinhentos as naus portuguesas foram a ponte que levou a Europa e o seu paradigma a todo o mundo, as nossas mentes e corações devem ser hoje a ponte que traga à Europa e à globalização do modelo ocidental o que resta da diversidade das culturas da Terra, com paradigmas mais éticos, saudáveis, sustentáveis e conscientemente alternativos, como acontece sobretudo no hemisfério Sul. Essa ponte de sentido inverso pode e deve construir-se também pela comunidade lusófona, onde os países africanos e o Brasil preservam muitas culturas alternativas e resistentes à ocidentalização do mundo. Os portugueses e os lusófonos podem e devem assim contribuir para o reverter do obscurantismo, incultura e barbárie dominantes – também por nós outrora e ainda hoje promovidos - no ressurgimento da Cultura entre nós, na Europa e no mundo. Trata-se de saldar uma dívida humana, histórica e cultural. Todavia, para que isso seja possível, portugueses e lusófonos têm de se emancipar o mais possível da globalização dominante. Só assim, com um pé e uma mão dentro do actual sistema, mas com outro pé, mão e sobretudo cabeça e coração bem de fora, portugueses e lusófonos poderão ser, em conjunto com seres humanos de todos os povos, nações e culturas, mediadores da transição planetária para uma nova civilização, fundada na promoção da Cultura e no consequente respeito pela comunidade integral de todos os seres vivos, humanos e não humanos, e pela Terra.
9 - A actualização do potencial ou vocação dos portugueses para uma globalização alternativa pode traduzir-se hoje, como viu Agostinho da Silva, na inversão do movimento da Expansão. Se em Quinhentos as naus portuguesas foram a ponte que levou a Europa e o seu paradigma a todo o mundo, as nossas mentes e corações devem ser hoje a ponte que traga à Europa e à globalização do modelo ocidental o que resta da diversidade das culturas da Terra, com paradigmas mais éticos, saudáveis, sustentáveis e conscientemente alternativos, como acontece sobretudo no hemisfério Sul. Essa ponte de sentido inverso pode e deve construir-se também pela comunidade lusófona, onde os países africanos e o Brasil preservam muitas culturas alternativas e resistentes à ocidentalização do mundo. Os portugueses e os lusófonos podem e devem assim contribuir para o reverter do obscurantismo, incultura e barbárie dominantes – também por nós outrora e ainda hoje promovidos - no ressurgimento da Cultura entre nós, na Europa e no mundo. Trata-se de saldar uma dívida humana, histórica e cultural. Todavia, para que isso seja possível, portugueses e lusófonos têm de se emancipar o mais possível da globalização dominante. Só assim, com um pé e uma mão dentro do actual sistema, mas com outro pé, mão e sobretudo cabeça e coração bem de fora, portugueses e lusófonos poderão ser, em conjunto com seres humanos de todos os povos, nações e culturas, mediadores da transição planetária para uma nova civilização, fundada na promoção da Cultura e no consequente respeito pela comunidade integral de todos os seres vivos, humanos e não humanos, e pela Terra.
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