A ALMA DE UM POVO - Tradição das Alminhas nas Encruzilhadas
"No mundo rural existe o pavor de que os espíritos atacam o corpo dos mais fracos sempre que estes se arrepiem numa encruzilhada com vultos ou ruídos. Por conseguinte, era normalíssimo encontrar “panelos” (potes) de barro com “azeitão” (mezinhas com azeite para afugentar os espíritos).
Sempre que alguém morria, era vulgar fazer-se a queima do colchão e roupas do defunto também nas encruzilhadas. Estes rituais são muito antigos e complementados com a cerimónia fúnebre; isto é, como o cemitério ficava longe das aldeias, o padre parava necessariamente o cortejo a cada encruzilhada para rezar. ...
Diz o povo que a localização das alminhas nas encruzilhadas surgiu precisamente para proteger os crentes das almas ditas perdidas (ou penadas). Este conceito enraizou-se de tal modo no íntimo popular que ainda hoje estes exíguos oratórios são venerados e cuidados mormente pelos mais velhos. "
in Agostinho Veras, "A Alma de um Povo - História e Lendas da Tradição Barrosã"See More
"No mundo rural existe o pavor de que os espíritos atacam o corpo dos mais fracos sempre que estes se arrepiem numa encruzilhada com vultos ou ruídos. Por conseguinte, era normalíssimo encontrar “panelos” (potes) de barro com “azeitão” (mezinhas com azeite para afugentar os espíritos).
Sempre que alguém morria, era vulgar fazer-se a queima do colchão e roupas do defunto também nas encruzilhadas. Estes rituais são muito antigos e complementados com a cerimónia fúnebre; isto é, como o cemitério ficava longe das aldeias, o padre parava necessariamente o cortejo a cada encruzilhada para rezar. ...
Diz o povo que a localização das alminhas nas encruzilhadas surgiu precisamente para proteger os crentes das almas ditas perdidas (ou penadas). Este conceito enraizou-se de tal modo no íntimo popular que ainda hoje estes exíguos oratórios são venerados e cuidados mormente pelos mais velhos. "
in Agostinho Veras, "A Alma de um Povo - História e Lendas da Tradição Barrosã"See More
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