Meditação por Portugal

Ao Encontro da Alma Luzitana

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sábado, 26 de janeiro de 2013

O Encoberto
Cavaleiro do Sonho e do Desejo,
guarda no santo Graal,
com a nossa Saudade e o nosso Beijo,
- o sangue de Portugal.
...
Sonho de além e de glória,
há tanto, há tanto
o sonha um Povo inteiro!
Maravilha e encanto
da nossa história:
- oh Manhã de Nevoeiro...

Oh manhã misteriosa
que alvoreces em nós teu rompante claror,
teu messiânico alvor,
manhã de além, alva saudosa,
- tu és nossa força que não passa,
teu sonho em nós revive ao longe e ao perto,
manhã sem dia, oh manhã de Graça,
em que há de vir o Encoberto...

Místico Paladino iluminado,
que ao areal arrastou nossa alma em flor
e jogou a sorrir nosso destino e sorte,
ele era vivo antes de Desejado,
ele era vivo em nosso sonho e amor,
- e nunca o levou a morte!

Ele é vivo e é eterno! Horas ansiadas
em que o sinto, no meu sangue, em mim...
Ele vive nas Ilhas Encantadas
da nossa alma sem fim...

E, oh maravilha!
em toda a hora do perigo e do temor,
o Encoberto volta da sua Ilha,
e salva-nos, e salva-nos, Senhor!...

E a Esperança imortal,
surda palpita na manhã rompente!
Cerra-se a névoa alucinadamente,
Portugal bóia no nevoeiro...

E o Cavaleiro
do Sonho e do Desejo
guarda no Santo Graal,
com a nossa Saudade e o nosso Beijo,
- o sangue de Portugal.

In Ilhas de Bruma, Afonso Lopes Vieira
O Encoberto 
Cavaleiro do Sonho e do Desejo,
 guarda no santo Graal,
 com a nossa Saudade e o nosso Beijo,
 - o sangue de Portugal.
 
Sonho de além e de glória,
 há tanto, há tanto
 o sonha um Povo inteiro!
 Maravilha e encanto
 da nossa história:
 - oh Manhã de Nevoeiro...
 
Oh manhã misteriosa
 que alvoreces em nós teu rompante claror,
 teu messiânico alvor,
 manhã de além, alva saudosa,
 - tu és nossa força que não passa,
 teu sonho em nós revive ao longe e ao perto,
 manhã sem dia, oh manhã de Graça,
 em que há de vir o Encoberto...
 
Místico Paladino iluminado,
 que ao areal arrastou nossa alma em flor
 e jogou a sorrir nosso destino e sorte,
 ele era vivo antes de Desejado,
 ele era vivo em nosso sonho e amor,
 - e nunca o levou a morte!
 
Ele é vivo e é eterno! Horas ansiadas
 em que o sinto, no meu sangue, em mim...
 Ele vive nas Ilhas Encantadas
 da nossa alma sem fim...
 
E, oh maravilha!
 em toda a hora do perigo e do temor,
 o Encoberto volta da sua Ilha,
 e salva-nos, e salva-nos, Senhor!...
 
E a Esperança imortal,
 surda palpita na manhã rompente!
 Cerra-se a névoa alucinadamente,
 Portugal bóia no nevoeiro...
 
E o Cavaleiro
 do Sonho e do Desejo
 guarda no Santo Graal,
 com a nossa Saudade e o nosso Beijo,
 - o sangue de Portugal.
 
In Ilhas de Bruma, Afonso Lopes Vieira

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