Meditação por Portugal

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ano da Graça de Nosso Senhôr em 2013



- Nossa Senhôra da Conceição - Padroeira do Reino -

Nêste último dia do ano de 2012 , ano êste , em que a Era do Espírito Santo se começou a Estabelecêr em Portugal , não quiz deixar de assinalar a sua importância para a 3ª Parte da Missão de Portugal , com uma Oração de Profundo Sentido e Sentimento Português .

Peço-vos que Orem com Amôr e Carinho , esta Oração á Rainha dos Céus e da Terra e Senhôra da Conceição , criada por um dos Grandes Portuguêses , romancista genial da Língua de Portugal , Camilo Castello Branco .

Peçamos então com profunda Intenção á Senhôra e Rainha de Portugal , que nos Concêda a Paz e a Libertação de Portugal da Cruel Tirania do Inimigo .





AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
Camillo Ferreira Botelho Castello Branco
(Lisboa, 16 de Março de 1825 – 1 de junho de 1890)
Senhora! O Vosso altar já foi sacrário
De riquezas do Céu, que o Céu Vos dava
Em prol de Portugal.
Em cada Português Tínheis um filho,
De todos Éreis Mãe, refúgio a todos,
Nas angústias do Mal.
Em Vosso Coração Imaculado
As lágrimas da dor tinham asilo,
Ó! Rainha dos Céus!
As lágrimas com o Vosso patrocínio
Erguiam-se da terra, qual perfume,
Ao Trono do meu Deus!
Em transes d’aflição, nos grandes riscos,
No afogo das pelejas duvidosas,
Vosso Nome se ouvia:
As ramas orgulhosas, destemidas

Afrouxavam nas mãos dos inimigos ,


Ao nome de Maria!

Lá nas iras do mar, quando o sepulcro,
Ao convulso baixel a tempestade
Nos recifes abria;
Azulavam-se o céus, fugia a nuvem,
Voava a viração, vinha a Bonança
Ao nome de Maria!
Quando em leito de pálida doença
Febril enfermo abandonado e triste,
Sem esp’ranças jazia;
De novo o coração lhe palpitava,
Erguia-se robusto, as mãos erguendo
Ao nome de Maria!
Donzela que a chorar passara noites,
De saudades, por quem tamanho afecto
Lhe não agradecia;
Lá vinha a ser feliz com quem amara,
Pois dera o seu futuro em segurança
Ao nome de Maria!
E a carinhosa mãe, que o filho amado
Dos seus amigos braços para a guerra
Chorando, despedia;
Joelhava-se depois, ante o oratório,
E a vida do seu filho confiava
Ao nome de Maria!
E o seu filho, mais tarde, em vivas ânsias,
À porta do seu lar, com mão tremente,
Receoso, batia.
Nos braços maternais contava, ufano,
Triunfos, que tivera sobre a morte
Ao nome de Maria!
O nome de Maria hoje Invocamos,
Nós, filhos desses homens d’outras eras,
Que morreram na FÉ!
Senhora! Protegei os nossos trabalhos!
Sem a protecção do Céu , o esforço humano
Baldado esforço é!
No coração dos vossos Portugueses
Despertai o temor, tão vivo um dia,
No porvir imortal.
Do Vosso Resplendor com a Vossa Luz ,
Descei sobre este solo, escuro e pobre ;
Salvareis Portugal !


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