Meditação por Portugal

Ao Encontro da Alma Luzitana

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A INDEPENDÊNCIA DA LUSITÂNIA
– E a independência da Lusitânia, desta desditosa Pátria nossa amada?
– Completamente perdida! – respondeu o druida desalentado.
– Perdida, mas não para sempre, – proferiu Lísia, com um acento de vivacidade e esperança. – Quero ver a Espada de Viriato! É o que me resta do Esposo com quem estive sempre espiritualmente unida.
E pai e filha encaminharam-se para o subterrâneo da Torre redonda, em que se guardava o tesouro da Lusitânia. Lísia reconheceu a Espada....
E como se estivesse num delírio suave, ao levar a Espada aos lábios, o brilho da lâmina de aço reflectiu-se nos olhos grandes e rasos de lágrimas, e operou-se no seu espírito uma miragem do futuro.
Então Lísia, voltando a lâmina refulgente, contemplou com mais assombro:
– A Lusitânia livre, depois de reconstituída no seu solo, reata a tradição dos antigos navegadores ligúricos, e lança-se à descoberta das Ilhas do Mar Tenebroso, e tocando os dois continentes, vai fundar um novo Império lá aonde o sol se alevanta! É ainda a Espada de Viriato na mão firme do seu Capitão terribil, que cimenta esse Império em bases inabaláveis, em que se mantém por séculos! Para quê prescrutar tanto o futuro? A Lusitânia revive...”
Lísia entregou a Espada de Viriato ao velho druida para a guardar no tesouro secreto da Ilha de Achale.

in "Viriato - História de uma Epopeia Lusitana", Teófilo Braga

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