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terça-feira, 16 de abril de 2013

HONRA

HONRA

"A honra é um velho santo que não se festeja mais."
- Mathurin Régnier; Fonte: Revista Caras, Edição 677

... "Descender de Adão e Eva, é Honra suficientemente grande para que o mendigo mais miserável possa andar de cabeça erguida, e também de vergonha suficientemente grande para fazer vergar os ombros do maior imperador da Terra."
- C. S. Lewis; Aslam, em Príncipe Caspian

“HONRA, uma virtude desconhecida por entre as intempéries da actual sociedade e praticamente esquecida por não ser ensinada ou incentivada tanto na escola como no seio da família. É “um moldar de carácter” possível, quando formado para tal.

Ser uma pessoa honrada, significa que essa pessoa tem dignidade própria, que a sua palavra é respeitada por todos, porque se auto respeita, porque se coloca acima de qualquer dúvida.

A HONRA é uma promessa de respeito, dignidade e lealdade para consigo mesmo e consequentemente para com tudo e todos.

HONRA é um compromisso pessoal, que se conquista por uma postura e conduta de vida, recta e verdadeira, sob todos os aspectos do Ser.

Historicamente, os Templários regiam-se por um Código de Honra, uma série de deveres e obrigações que faziam parte de um juramento de conduta, onde estavam implícitos o Amor e Fé em Deus, Obediência Hierárquica, Unidade, Disciplina, Excelência, Nobreza, Coragem, Justiça, Verdade, Humildade, Solidariedade, Generosidade, Compaixão, Honestidade, Fidelidade, Pobreza, Lealdade…

Como exemplo da importância e valor da HONRA, de uma palavra dada, relembramos o narrativo histórico português sobre a atitude de Egas Moniz, o Aio.

Resumidamente…
Conta a lenda que, por altura do cerco a Guimarães, (ano 1127) Egas Moniz, aio (criado) de D. Afonso Henriques, decidiu negociar a paz com o rei de Leão, Afonso VII.
Em troca da paz prometeu-lhe a vassalagem de D. Afonso Henriques e dos nobres que o apoiavam. Afonso VII aceitou a palavra de Egas Moniz e levantou o cerco. Porém, um ano depois, D. Afonso Henriques (com 18 anos de idade) quebrou o prometido e invadiu a Galiza.
Envergonhado pela quebra da sua palavra dada ao rei, pela desonra que sobre ele caía, Egas Moniz pensou que só com a vida poderia pagar tal dívida.
Dirigiu-se então ao palácio e, juntamente com a sua mulher e filhos pequenos, apresentaram-se diante de Afonso VII, descalços, vestidos com os trajes dos condenados à morte, com uma corda à volta do pescoço, colocando as suas vidas nas mãos do rei, como penhor da promessa quebrada.
O rei de Leão, diante da Humildade e Lealdade de Egas Moniz, foi incapaz de o castigar, perdoou-lhe a promessa quebrada e mandou-o em paz.
Ao entregar-se, Egas Moniz salvava a sua Honra e também a de D. Afonso Henriques, conquistando através da sua dignidade a futura independência de Portugal.”

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