Assim, o Infante D. Henrique viveu tanto em Sagres como em Tomar, preparando-se espiritualmente para a grande gesta das Descobertas. Nesta cidade teve início uma das maiores aventuras da humanidade, a fazermos fé no que disse o ilustre historiador Arnold Toynbee:
“Depois de Cristo, o maior acontecimento da História são as Descobertas.”
Essa aventura encontra na mística e no culto do Espírito Santo uma das suas mais fortes razões de ser. Como diz Anselmo Borges:
“Ora, na génese da aventura marítima não estão razões apenas de ordem material. É que, se estas são as mais urgentes, não são as fundamentais. Sem a mística e o culto do Espírito Santo, os Descobrimentos não têm plena inteligibilidade.”
Foi em Tomar que o Infante D. Henrique concebeu e amadureceu a ideia das explorações marítimas. Aí teve início a gesta náutica que levou as caravelas portuguesas “por mares nunca dantes navegados”, ostentando nas suas velas o símbolo da Ordem de Cristo. Como afirma Amorim Rosa:
“Se Sagres foi a mão que lançou ao mar as caravelas das Descobertas, Tomar foi o cérebro que organizou as expedições e o alfobre de onde saíram os primeiros capitães das naus. E a Ordem de Cristo foi a fonte de onde jorrou todo o oiro necessário para alimentar tão grande empresa.”
Em Tomar, o Infante D. Henrique mandou “cada semana, ao sábado, por sempre em minha vida e depois da minha morte dizer uma missa de Santa Maria, e a comemoração seja do Espírito Santo.” - Eduardo Amarante
"TEMPLÁRIOS, Vol 3 - A Perseguição e a Política de Sigilo de Portugal: a Missão Marítima"", Eduardo Amarante
Sem comentários:
Enviar um comentário