Meditação por Portugal

Ao Encontro da Alma Luzitana

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sábado, 17 de agosto de 2013

Comemora-se hoje mais uma efeméride do 4 de Agosto de 1578, em que o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer-Quibir originou um trauma nacional e o mito do rei Encoberto, que haveria de voltar para salvar a nação e restabelecer a paz e a justiça em todo o mundo. Esse mito, fruto do imaginário celta do rei Artur e do messianismo hebraico-português, moldou a mentalidade nacional numa esperança quase sempre passiva de que alguém venha de fora resolver miraculosamente todos os nossos problemas. Comportamo-nos como órfãos de um pai redentor, o que tem tido efeitos nefastos em todas as áreas da nossa vida e sobretudo na política, levando-nos a confiar os nossos destinos em líderes medíocres. Há que tomarmos consciência disto e, seguindo as sugestões de pensadores como Sampaio Bruno, Fernando Pessoa, José Marinho e Agostinho da Silva, questionarmos se o verdadeiro Encoberto, o verdadeiro libertador, não estará no mais íntimo de cada um de nós. Em vez de esperarmos por ele, talvez seja ele que está à espera de que o desencubramos e assumamos para o manifestarmos na nossa vida e no mundo. E talvez o Encoberto não seja senão a nossa essência e consciência mais íntima, aquela que nos diz que a vida só vale a pena ser vivida quando posta ao serviço do bem de tudo e todos, humanos, animais e planeta. Que cada um desencubra e manifeste o Encoberto que há em si é a verdadeira redenção que Portugal e o mundo esperam. E isto não é para depois, é para já, para Agora. Como escreveu Pessoa no final da “Mensagem”: “É a Hora! Valete, Fratres (Saúde, Irmãos)”. Faz pois tua esta Hora e passa a Mensagem.
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Ainda hoje, passados mais de 400 anos desde a Batalha de Alcácer-Quibir, El-Rey D. Sebastião, o Rei-Cavaleiro que tudo deu pela Pátria, continua a ser vilipendiado, enxovalhado, vítima das flechas da inveja, do ódio e da cobiça, num assassinato de personalidade sem paralelo na História. Ele representa Portugal, e quem o ataca são aqueles que sempre atacaram Portugal. Aqueles que sempre preferiram os interesses estrangeiros e pecuniários que os inimigos de Portugal lhes ofereciam à laia dos 30 dinheiros de Judas.
Hoje, mais do que nunca, em que a Pátria está de novo em perigo de morte, urge gritar: Viva Portugal! E AGIR em conformidade.

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