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INTRODUÇÃO
Fazer um estudo sobre a secretíssima e soberana ORDEM DE MARIZ não se afigura tarefa fácil, pois escasseiam as fontes de consulta e porque toda a sua actividade é desconhecida do grande público e os respectivos Membros sempre agiram de forma “ENCOBERTA”. Como ADEPTOS PERFEITOS que eram, e são, a sua actividade faz-se sempre longe dos olhares profanos e só é visível a escassos emissários ou representantes estrita e antecipadamente seleccionados por essa Ordem (Supra) Secreta para agirem no aqui e agora, das maneiras mais diversas, todavia bem concretas e objectivas sempre em prol dum Bem maior que em última instância é a própria Evolução da Humanidade, em particular de PORTUGAL.
Apesar de escassearem as fontes documentais, mesmo assim pode-se encontrar, apesar de forma velada, alguns escritos que lidos entrelinhas e entendidos segundo “o espírito que vivifica e não só pela letra (aparência) que mata” ou ofusca o entendimento mais profundo, referências óbvias à ORDEM DE MARIZ, nomeadamente no TRATADO DO SUBSOLO, de FERNANDO PESSOA, onde as suas alusões à “ORDEM TEMPLÁRIA DE PORTUGAL” ou “ORDEM DE CRISTO” mais não são que formas veladas de falar da ORDEM DE MARIZ, dos seus Ritos e métodos de Iniciação. Também o enigmático LUSITANUS, na sua obra SINAIS DOS TEMPOS, faz a seguinte descrição: «Conserva Deus esse seu “Filho macho” ou Varão, em Lugar oculto e invisível aos nossos olhos, para executar todo esse Plano grandioso de conversão geral da Humanidade ou do estabelecimento do seu Reino na Terra, convertendo-a num Céu. Nessa Terra oculta e desconhecida, não poderá Deus, por Seu Poder infinito, e para quem não existem impossíveis, conservar nessa Ilha esse seu Filho, que há-de sair de CORDO MARIS para ser instrumento da grandiosa Obra que tem em vista». Podemos ver aqui referências óbvias ao Messianismo ou Avatarismo desde a Illiam Occultam, quiçá SHAMBALLAH ou SALÉM, portanto, ao Advento em Terras de PORTUGAL ou de expressão portuguesa, a “NOVA LUSITÂNIA”, expressão feliz inserta nos DIÁLOGOS DE VÁRIA HISTÓRIA, de PEDRO DE MARIZ, do “ENCOBERTO”, do “Novo Messias” paradigma dum Ciclo Planetário, ou seja, o Avatara CHENRAZI AKTALAYA MAITREYA, o Cristo Universal Redentor da Humanidade. Advento esse já bem preparado e pré-anunciado pela ORDEM DE MARIZ, a CORDO MARIS ou “Coração do Mar” (de Akasha, o Éter quintessência da Vida) palpitando secreta, encoberta nessa esperançosa Ilha das Bem-Aventuranças, a mesmíssima AGHARTA, Terra de Eleição onde a Grande FRATERNIDADE BRANCA tem seu trono, da qual uma das suas 7 Ramas, precisamente a QUINTA, é exactamente a ORDEM DE MARIZ, “Cadinho de Adeptos” com que se cozinha o QUINTO IMPÉRIO do Mundo. Também LUÍS VAZ DE CAMÕES, em OS LUSÍADAS, aponta os “BARÕES ASSINALADOS”, mais não sendo que os primorosos ADEPTOS MARIZES, cujas Armas estão assinaladas em Terras de PORTO-GRAAL e inclusive tendo auxiliado D. AFONSO HENRIQUES na formação de PORTUGAL.
Quem primeiro divulgou de forma pública a existência da ORDEM DE MARIZ, as suas origens e actividades, foi o Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA, praticamente nos inícios do século XX através da revista DHÂRANÂ, que era o órgão oficial da SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA e, posteriormente, da SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE, além de ter feito muitíssimas outras revelações inéditas sobre a mesma Milícia caracterizada Lusitana no vasto cardápio secreto ou reservado que são os seus LIVROS DE REVELAÇÕES. É nesses ensinamentos que nos baseamos para este estudo, a par das mais recentes mas excelentes obras literárias de VITOR MANUEL ADRIÃO, fundador da COMUNIDADE TEÚRGICA PORTUGUESA e fiel seguidor e divulgador dos ensinamentos do Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA, ao contrário de alguns alucinados febris de poder e exibicionismo auto-nomeados valor algum excepto servirem-se dos valores da mesma C.T.P., ainda por cima querendo dar à mesma as lições que aprenderam nela!!! Também recentemente alguns outros escritores também têm abordado este tema de forma mais ou menos romanceada e floreada pela fantasia, baseados no que ouviram ou leram das fontes citadas (J.H.S. – V.M.A.), pelo que não deixamos de dar primazia a quem primeiro e seriamente divulgou o tema ORDEM DE MARIZ, pois estamos crentes de ser aí que está realmente a verdade, e não nos critérios fantásticos de estórias absolutamente carentes de bases históricas e sobretudo iniciáticas, “critérios” geralmente sendo o da auto-afirmação de auto-suficiência fomentada pelo psiquismo e devaneio de quem assim se assume. Tal não é a nossa via mental, tampouco física, e assim iremos tentar, da forma a mais concisa possível, demonstrando pessoas, locais e factos, que realmente a ORDEM DE MARIZ não é uma quimera romanceada e sim uma Ordem Real, fundamento dos destinos espirituais de PORTUGAL, o PORTO DO GRAAL, e por extensão, desde 1500, do BRASIL, sendo SOBERANA por assistir à fundação de todas as demais Ordens Religiosas e Militares, a partir dos meados do século XII, em PORTUGAL, ao mesmo tempo Arauta e Obreira do Advento do AVATARA CHENRAZI AKTALAYA MAITREYA, o “ENCOBERTO”, o “NOVO MESSIAS” da Humanidade que, afinal, tem nome bem português, reconhecido EL MANU.
HISTÓRIA
Para falar das origens da ORDEM DE MARIZ, temos que falar da ancestralidade de PORTUGAL, abrigando os restos humanos da 4.ª Sub-Raça Céltica ou Gaulesa desta 5.ª Raça-Mãe, a Ariana, cuja extensão abrangia a faixa geográfica do Cantábrico até ao Douro, logo, abrangendo a Galiza e o Minho descendo até ao Porto. Como prova da presença da ORDEM DE MARIZ na Galiza, podemos encontrar uma localidade, perto da rota para San Juan de la Peña, nas Astúrias, chamada MARIZ. A Sabedoria Iniciática das Idades ou Tradição Primordial, fala-nos da origem do nome PORTUGAL como Porto Galo ou dos Gauleses, mas também e essencialmente PORTO-GRAAL, “PORTO DO GRAAL”, Abrigo do Santo Cálice da Última Ceia, e assim ao Mistério do Santo Sangue Real de todos os AVATARAS se ligar o nosso País desde a remota Era de MU ou a ATLÂNTIDA. Mistério esse renovado no início do Cristianismo Peninsular pelo Apóstolo SANTIAGO MAIOR, 60 anos após a Tragédia do Gólgota, tendo mandado construir próximo de BRAGA, Primaz da Hispânia, no lugar da “Fonte do Ídolo” o primeiro templo cristão ibérico que dedicou à Mãe de Deus sob o Orago STELLA MARIS, culto prosseguido séculos depois, de maneira apologética apesar de secretíssima por sua rendição cultual aos Mistérios de MELKITSEDEK, interditos à Humanidade vulgar, pela Soberana ORDEM DE MARIZ, constituída pelos 111 ASSURAS antigos INICIADOS KURATS ou ATLANTES entretanto reencarnados em novos corpos, os mesmíssimos que se interiorizaram há 6500 anos, aquando do último cataclismo geológico que destruiu o que ainda restava da ATLÂNTIDA, na Montanha que se tornou MONTE SANTO e Mansão Secreta do Manu ário-atlante UR-GARDAN, ou seja, a de KURAT ou KURAT-AVARAT, significando “a medida perpendicular da Terra ao Sol”, a qual é hoje universalmente conhecida por SINTRA. Temos, assim, que da ORDEM TRIBUTÁRIA DE KURAT, atlante, nasceu a ORDEM TEMPLÁRIA DE MARIZ, ariana, igualmente Tributária cujos Adeptos eram reconhecidos pelo barrete frígio que usaram, por exemplo, na Cavalaria do Mar em Quinhentos.
Selo da carta de doação de Tomar aos Templários,
por D. Afonso Henriques, com a legenda Portugral
Em Sintra, onde o CONDE D. HENRIQUE DE BORGONHA e seus pares mais ilustres estiveram por várias vezes muito antes da reconquista definitiva aos Mouros, destes os seus mais sábios Iniciados nos Mistérios de SALÉM, a “Terra do Centro”, diz a Tradição que facultaram a alguns dos Barões borgonheses, perfilados ORDEM DE AVARAT, “A Tradição dos nossos Maiores” (possivelmente sendo sobretudo a estes que Camões apontou como os “BARÕES ASSINALADOS”), o acesso aos saberes secretos correlacionados à tradicionalmente conhecida SURA-LOKA (Embocadura Aghartina de SINTRA), tendo-os instruído quanto à criação e fundação futura de uma Nova Ordem que fosse francamente JINA. Nessa época, estava na chefia dos 111 ASSURAS “Sintrianos” o Grande Mestre AB-ALLAH, que terá profetizado ao CONDE D. HENRIQUE que o seu primogénito haveria de ser Rei de País Soberano e Chefe de Ordem Maior. É assim que, entrados no século XII e já morto o CONDE D. HENRIQUE, o jovem seu filho AFONSO HENRIQUES, encabeça uma plêiade de SÁBIOS, SANTOS e GUERREIROS das três correntes tradicionais do Livro (Judeus, Cristãos e Árabes) e dirigem-se a um recanto fundo no Norte do País, a SÃO LOURENÇO DE ANSIÃES, junto a CARRAZEDA DE ANSIÃES, no Distrito de BRAGANÇA, e aí reunindo-se os 32 Membros do CULTO DE MELKITSEDEK mais o jovem Príncipe, este é duplamente reconhecido: Chefe Supremo da recém-formada ORDEM de MARIZ e Rei incontestado do País que se criava, portanto, Senhor dos Dois Poderes, ESPIRITUAL e TEMPORAL, PAX ET LEX, prerrogativas do próprio MELKITSEDEK assim como do Arcanjo MIKAEL, que ao par de MARIA são o Orago de PORTO-GRAAL.
Tem-se assim na constituição dos 33 Membros iniciais da ORDEM DE MARIZ:
1 GRÃO-MESTRE
12 GOROS (JUDEUS)
10 CAVALEIROS (CRISTÃOS)
10 ARQUEIROS (ÁRABES)
TOTAL: 33 OFICIAIS (MAKARAS)
MAIS
78 SUB-OFICIAIS (ASSURAS):
25 ASSURAS “JUDEUS” (CABALISTAS)
25 ASSURAS “CRISTÃOS” (GNÓSTICOS)
25 ASSURAS “ÁRABES” (ALQUIMISTAS)
2 MINISTROS DO GRÃO-MESTRE
1 CONTRAPARTE FEMININA DO GRÃO-MESTRE
TOTAL COMPLETO:
111 ASSURAS.
Diz a Tradição Iniciática que AFONSO HENRIQUES era a reencarnação do primitivo Manu UR-GARDAN, associado ao ULISSES da mitologia grega, este que na realidade fora o Rei atlante LISSIPO, o qual juntamente com a Rainha atlante LISSIPA governaram a cidade de ULISSIPA, hoje LISBOA, que se estendia até à actual SINTRA, nesse tempo chamada KURAT, como já foi referido. Os KURATS atlantes que haviam caído com a queda espiritual e material da Quinta Cidade e Capital do Continente, APTALÂNTIDA, ou melhor, MUAKRAM, estavam agora reencarnados nos ASSURAS AVARATS que viriam a ser reorganizados pelos MAKARAS MARIZES, sob a direcção suprema de EL RIKE, ANRIQUE ou HENRIQUE, nome considerado tão sagrado que só nos fins do século XIII se vulgarizou, pois até aí só Seres de grande distinção tinham direito a ele.
A ORDEM DE MARIZ fundada espiritualmente em SÃO LOURENÇO DE ANSIÃES, temporalmente teria a sua fundação no próximo Castelo TEMPLÁRIO de CARRAZEDA DE ANSIÃES, com a sua igreja de SÃO SALVADOR DO MUNDO, neste caso, SALVADOR (ESPIRITUAL) de PORTUGAL AO MUNDO. A ORDEM DOS TEMPLÁRIOS era assim o “Escudo Defensivo” da ORDEM DE MARIZ, portanto, sendo causalidade e não casualidade a presença de vários castelos TEMPLÁRIOS em Trás-os-Montes, implantados em enclaves mágicos, num óbvio propósito geognósico em servir de “Muralha de Protecção” rodeando o Centro Supremo e Espiritual da ORDEM TEMPLÁRIA, ou seja, o enclave mágico de SÃO LOURENÇO DE ANSIÃES e o Cabido Teúrgico da ORDEM DE MARIZ.
Formado o novo País, MIKAEL ou SÃO MIGUEL iria tornar-se o Arcanjo Custódio ou Guardião de PORTUGAL, a par da imagem fulgurante da VIRGEM MARIA ou VIRGINI MARIAE, Ícones Vivos da AUTORIDADE ESPIRITUAL do novo País PORTUGAL, a partir daí e para sempre protegido pelas vetustas e vivificantes Energias Crísticas e Angelicais de MIKAEL e da MÃE DIVINA, MARIA, VIRGEM “ESTRELA DO MAR” (VIRGO STELLA MARIS) que é VÉNUS, e com isso ALLAMIRAH, “O Olhar Celeste”, seu outro e mais transcendente Nome. Eis porque a ORDEM DE MARIZ possui carácter francamente Mariano, Hipertúlico, o que justifica a quantidade inumerável de imagens, ícones e aparições de santas que se cultuam em PORTUGAL. O próprio nome MARIZ (MARIDJ, em árabe) tem por origem MARIA, MAR, MARIS, MARU, MAKARA, MORIA, MOURO, etc.
Falando um pouco mais do local de fundação da ORDEM DE MARIZ, SÃO LOURENÇO DE ANSIÃES ou dos ANCIÃOS, os “MAIS ANTIGOS”, há a referir que se situa no fundo de extenso monte descendo para o Rio Tua (ou TAU…), onde brotam duas nascentes cujas águas sulfurosas caem num tanque que as recebe, construído numa casa piramidal que desde há muito é dedicada a SÃO LOURENÇO, e daí a origem do nome do lugar. Tão modesto balneário foi mandado construir pelo Padre ANTÓNIO DE SEIXAS, talvez membro da referida ORDEM, sabendo-se que outrora, ninguém sabendo porquê, chamavam-se às duas fontes HENRIQUE E HELENA, afinal, os GÉMEOS ESPIRITUAIS do NOVO PRAMANTHA ou Ciclo de Evolução Universal que, por causalidade e não casualidade, seriam futuramente quem retomaria o CULTO DE MELKITSEDEK na sua reformada ORDEM DO SANTO GRAAL, ou sejam, HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA E HELENA IRACY GONÇALVES/JEFFERSON FERREIRA DE SOUZA, coadjuvados directamente pelo Insigne casal luso-galaico BARÃO HENRIQUE ÁLVARO ANTUNES DA SILVA NEVES E BARONESA HELENA DOLORES DA SILVA NEVES, ele, nos séculos XIX-XX, o Grão-Chefe Temporal da ORDEM DE MARIZ como DHARANI de 1.ª Categoria.
Da ORDEM DE MARIZ surgiram a ORDEM DE AVIS e a ORDEM DE CRISTO, de onde também vieram preclaros nomes da História Portuguesa, nas mesmas se detectando outros MARIZES tais como NUNO ÁLVARES PEREIRA, o Condestável Santo, a SANTA RAINHA ISABEL, D. DINIS, o Rei Trovador, o INFANTE D. HENRIQUE DE SAGRES, PEDRO ÁLVARES CABRAL, CRISTÓVÃO COLOMBO, etc. Tais Ordens Militares e Religiosas eram expressões exotéricas ou externas da esotérica ou interna ORDEM DE MARIZ, e ambas, a de AVIS com a cor VERDE, e a de CRISTO com a cor VERMELHA, perfaziam as cores da ORDEM DE MARIZ, exactamente o VERDE e o VERMELHO que futuramente iriam tornar-se as cores da Bandeira Portuguesa, cujo pano ondulante é como se expressasse a actividade das duas Forças Cósmicas, FOHAT e KUNDALINI, presentes na YOGA UNIVERSAL do Deus AKBEL, sim, o mesmo METRATON como “Medida (META ou METRA) Perpendicular da Terra ao Sol (ATON)”.
Ordem JINA constituída de JIVAS Superiores ou JIVATMÃS, portanto, Homens Superados reservando-a ultra-secreta e supra-iniciática, a Milícia de MARIZ, descendente directa da desaparecida ORDEM DE KURAT, originalmente fundada pelos míticos LISSIPO e LISSIPA, entretanto desaparecida nas entranhas sibilinas da SERRA DE SINTRA no declinar do Ciclo Atlante devido à catástrofe que então houve, espalhou-se estrategicamente desde SÃO LOURENÇO DE ANSIÃES, em Trás-os-Montes (Berço Espiritual), passando por SANTA CRUZ DE COIMBRA (Capital Política), descendo até SÃO LOURENÇO DE TOMAR e, depois, SÃO LOURENÇO DE SINTRA (Casa Mater), onde se interiorizou para o mundo profano ou o século, para não dizer, ciclo férreo, indo desfechar o seu roteiro em SÃO LOURENÇO DE BUDENS, próximo a SAGRES. SÃO LOURENÇO, constantemente apontado como sinal da presença próxima da ORDEM DE MARIZ, é indicativo dum Caminho Solar ou Evolucional por ser ele mesmo, integrado ao ideário Graalístico, um santo solar, luminoso tanto pelo seu nome como pelos seus atributos taumatúrgicos, revelador da 4.ª Iniciação Real que é a do CHRESTUS ou ARHAT DE FOGO, consequentemente, expressando ao próprio SÃO SALVADOR DO MUNDO no sentido de Senhor da Luz, ARABEL. A Proto-História associa-o ao deus LUG, sendo que a sua festa coincide precisamente com o festival céltico LUGHNASSAD, realizado em Agosto. O seu nome também se encontra associado ao fenómeno celeste da “CHUVA DE ESTRELAS”, ou seja, a chuva de meteoritos vinda da constelação conhecida por PERSEIDAS, ocorrendo geralmente na segunda semana de Agosto, e que leva popularmente o poético nome de “LÁGRIMAS DE SÃO LOURENÇO”.
São Lourenço de Pombal de Ansiães
A ORDEM DE MARIZ é considerada a Quinta Rama da Excelsa Árvore frondosa e bonançosa que é a FRATERNIDADE BRANCA dos MESTRES JUSTUS ET PERFECTUS DO MUNDO, portanto, a Linha MORYA no Passado, no tempo da sua fundação (donde MOUROS, MARUS, MARIZES…), e na Hora Presente do NOVO PRAMANTHA de AQUARIUS, dirigida pela Linha RAKOWSKY ou dos GERMANOS, tendo como Dirigente o Grande CHOAN SÃO GERMANO, o antigo CONDE SAINT GERMAIN, cujo nome original era LORENZO PAOLO DOMICIANI, logo, LORENZO ou LOURENÇO identificado a SÃO LOURENÇO… que tem por Morada Oculta ou Retiro Privado o próprio seio granítico da Montanha Sagrada de SINTRA. Mantém hoje o poderoso influxo da sua influência benéfica para todo o Planeta, a partir do Quinto Templo Universal instalado no Mundo dos BADAGAS ou SEDOTES, e sem a mesma acreditamos severamente que seria difícil ou mesmo impossível a OBRA DIVINA do AVATARA MAITREYA poder vir a firmar-se sobre a Terra.
Em SINTRA, onde ainda hoje mantém a sua Sede Esotérica ou Casa Mater, cuja actividade espiritual se expande para toda a Europa e até as Américas, particularmente o BRASIL, onde a Ordem Soberana também esteve na sua origem, formação, desenvolvimento e independência, os seus raros Adeptos espalharam-se pelo Mundo como preclaros Membros do CULTO DE MELKITSEDEK, hoje mantido na Face da Terra pela Augusta ORDEM DO SANTO GRAAL, retomada para o Novo Ciclo pelo Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA em 24 de Fevereiro de 1954 (INÍCIO DA ERA DO ESPÍRITO SANTO), mas cuja (re)fundação esotérica leva a data de 28 de Dezembro de 1951, quando o Venerável Mestre JHS e o Quinto Bodhisattwa JEFFERSUS (JESUS) assim o fizeram, ao par da fundação da ORDEM DAS FILHAS DE ALLAMIRAH apadrinhada por MORIAH (MARIA) e a Venerável Mestrina HJS.
Os Gémeos Espirituais Helena e Henrique
O desenvolvimento escatológico da ORDEM DE MARIZ fez-se de forma mais proeminente nos seguintes locais:
NORTE – ANSIÃES – FORMAÇÃO – TAMAS. CONDE D. HENRIQUE e a ORDEM DE AVARAT. D. AFONSO HENRIQUES e a ORDEM DE MARIZ.
CENTRO – SINTRA – ORGANIZAÇÃO – RAJAS. ORDENS DE AVIS E DO TEMPLO, com as cores VERDE e VERMELHA de FOHAT e de KUNDALINI, servindo de “Escudo Defensivos” à ORDEM DE MARIZ.
SUL – SAGRES – EXPANSÃO – SATVA. INFANTE D. HENRIQUE DE SAGRES, a sua Escola Náutica e a Diáspora Marítima sob o pendão espiritual de MARIZ.
Desse espírito centrífugo ou de expansão é que se fizeram os DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES, com o objectivo supremo de criar os novos biótipos raciais da Nova Raça de AQUARIUS na consignada “NOVA LUSITÂNIA”, o BRASIL, assunto que desenvolveremos mais à frente, quando estudarmos as vidas do INFANTE D. HENRIQUE, PEDRO ÁLVARES CABRAL e CRISTÓVÃO COLOMBO.
É indispensável repetir-se a afirmação de que a ORDEM DE MARIZ não existe mais em actividade franca ou aberta na Face da Terra, está cerrada para o ciclo profano, praticamente desde os finais da Ínclita Geração e da Dinastia de Avis. Daí para cá, ou age abertamente só em BADAGAS e DUAT, no “Interior da Terra”, ou só age reservadamente ou em segredo e secreto junto de JIVAS pré-seleccionados na Face da Terra, os quais já sejam naturalmente INICIADOS VERDADEIROS capazes de cumprir Ordens superiores e levar avante alguma Missão superior de carácter universal. Foi assim que esses MESTRES REAIS e seus Emissários como INICIADOS de alto quilate, não raro agiram como “ENCOBERTOS” ou “ENCAPUÇADOS” através da ORDEM DE AVIS (expressiva de FOHAT) e da ORDEM DE CRISTO (expressiva de KUNDALINI), cuja fusão cromática dessas duas cores VERDE-VERMELHA dá o PÚRPURA do QUINTO CHAKRA PLANETÁRIO, o de KALA-SISHITA (SINTRA, em sânscrito); na actualidade prosseguem a sua semeadura e colheita através da ORDEM DO SANTO GRAAL e de quantos participam da Diáspora do Espírito Santo a favor da PARÚSIA ou Advento do CRISTO UNIVERSAL, MAITREYA. A Sabedoria MARIZ revela-se de carácter GNÓSTICO, CABALÍSTICO E ALQUÍMICO, no fundo perfazendo o melhor, o mais esotérico, espiritual ou essencial das três grandes religiões monoteístas que estiveram na sua formação: CRISTIANISMO, JUDAÍSMO e ISLAMISMO.
Quanto às identificações e insígnias a ver com MARIZ, a sua saudação consiste em espalmar a mão sobre o peito e incliná-lo ligeiramente para diante, sendo o seu lema e “santo-e-senha” AVE-MARE [e por vezes, AVE MARIS NOSTRA], gesto e verbo ambos de homenagem à MÃE DIVINA, à VIRGEM MARIA ou VIRGINI MARIAE, que também é MARE e MARIS ou MARIZ, pois MARIZ é a MÃE e a MÃE é a KUNDALINI, o FOGO CRIADOR DO ESPÍRITO SANTO, assinalado pela “serpente de fogo” adormecida no cóccix da coluna vertebral, despertada nos ADEPTOS PERFEITOS e elevada até ao topo da cabeça, fazendo brilhar de Sabedoria a Mente e o Coração no peito transbordante de Amor, o que justifica a referida saudação.
As insígnias da ORDEM DE MARIZ são uma CRUZ DOURADA presa por FITA VERDE E VERMELHA, afinal, as cores da BANDEIRA DE PORTUGAL. O emblema secreto da ORDEM é uma POMBA BRANCA DE ASAS ABERTAS, em ouro branco com duas rubinas servindo de olhos, trazendo no bico um pequeno RAMO DE OLIVEIRA, virado a OCIDENTE, do mesmo metal da ave mas esmaltado de verde, com a legenda “AVE-MARE”, por vezes inscrita “AVE MARIS”.
PERSONALIDADES
Iremos agora tratar de abordar alguns nomes proeminentes da nossa História que, de forma mais ou menos directa, tiveram ligações com a ORDEM DE MARIZ. O objectivo, neste caso, não é fazer uma biografia de cada um desses personagens ilustres, pois tal iria tornar-se fastidioso e sem alcançar o objectivo principal deste estudo, mas realçar feitos ou ligações ocultas que não são faladas no normal dos estudos académicos e até espiritualistas que nos são apresentados. Trataremos de sublinhar as suas missões espirituais aliadas às missões temporais, vindo perfazer o legado da ORDEM DE MARIZ ao longo da nossa História.
AFONSO HENRIQUES (1109 – 6.12.1185) ou Alphonso Moniz (pois HENRIQUE é um título venerável que só os Grandes Seres mereciam possuir, significando EL RIKE ou “Guia Bem-Aventurado” na Língua Sagrada VATAN ou AGHARTINA), foi o primeiro e principal baluarte da nossa História, por mais não seja que por ser o Fundador, o Pai da Nação Portuguesa. Dos vários feitos da sua história, destacam-se sobretudo a batalha de São Mamede, em que combate a sua mãe vencendo-a, e a batalha de Ourique em que derrota os “sete reis mouros”, como fora pré-anunciado no mesmo “Milagre Cristológico de Ourique”, quando se deu a aparição do CRISTO despregado da Cruz dirigindo-se a ele, sendo-lhe preconizada a vitória que abriu o caminho para a Independência nacional. Como dissemos, AFONSO HENRIQUES mais não era que EL RIKE, o “Rei (RISHI) e Guerreiro Divino (EL)”, indo fundar a Nação primeira de todas da Europa: PORTO-GRAAL, posteriormente PORTUGAL, atribuindo a sua fundação e protecção a uma Confraria Secreta Supra-Iniciática de quem era o próprio Grão-Mestre – sobre todas as outras a Soberana ORDEM DE MARIZ, que manteve e mantém o ancoramento da Energia Crística na Pessoa Excelsa da MÃE DIVINA nesta nossa Pátria Privilegiada, irradiando daqui a todo o Continente e ao Mundo, tendo por “omphalo” o próprio Templo de Cristo e Maria no Mundo dos Deuses cuja abóbada é a própria Montanha Sagrada de SINTRA, Milícia essa sendo uma Emanação Divina, como aliás todas as outras verdadeiras Ordens da OBRA DE MELKITSEDEK, o REI DO MUNDO. Muito já foi dito neste estudo sobre AFONSO HENRIQUES, no entanto podemos ainda acrescentar que na sua relação com a supradita ORDEM DE MARIZ, onde o revelámos como seu Grão-Mestre, funcionando como JHS ou MERCÚRIO (Andrógino) em simultâneo com a DEVOÇÃO e a SABEDORIA (PAX ET LEX), contudo não deixava de ter as suas “Colunas Vivas” ou Ministros, prefigurando na Terra a Trindade Divina no Céu, ou sejam, a COLUNA B (LEX ou Administrativa) ou da DEVOÇÃO (BHAKTI) para EGAS MONIZ (1080 – 1146), o seu paraninfo, educador de sua infância e adolescência, esforçado e nobre cavaleiro co-autor de muitas coplas formosas a SANTA MARIA, assim sendo também TROVADOR; e a COLUNA J (PAX ou Sapiencial) ou da SABEDORIA (JNANA) para SÃO TEOTÓNIO (1082 – 18.2.1162) que vai bem com o TEUTÓNICO da actual 5.ª Sub-Raça Ariana, tendo sido, além de conselheiro do rei e adepto fervoroso da Independência nacional apoiando o partido dos Barões portucalenses, o co-fundador do mosteiro de SANTA CRUZ de COIMBRA, com 12 cónegos regrantes da Ordem de Santo Agostinho. É considerado o primeiro santo do Santoral ou Agiológio Lusitano.
D. DINIS (9.10.1261 – 7.1.1325) foi talvez um dos nossos monarcas mais inteligentes e argutos, sendo dos principais responsáveis pela futura empresa dos DESCOBRIMENTOS MARÍTIMOS, pois com a extinção da ORDEM DO TEMPLO fundou em 1318 a ORDEM DE CRISTO, sucessora daquela e que ficou com os bens móveis e imóveis e os conhecimentos espirituais e científicos dos TEMPLÁRIOS, que iriam ser de extrema utilidade para desbravar os mares incógnitos e chegar a portos seguros. A plantação dos pinhais de Leiria e da Azambuja, por exemplo, foi uma antevisão profética do proporcionar a madeira necessária para a construção das naus que seriam utilizadas no chamado processo “DESCOBRIMENTOS MARÍTIMOS”, plano pré-conjecturado que ele bem conhecia por na altura ser esse um dos desígnios principais em que estava empenhada a ORDEM DE MARIZ (agindo pela DE CRISTO), da qual era membro juntamente com a sua contraparte, agindo como “GÉMEOS ESPIRITUAIS”, a RAINHA SANTA ISABEL, qual CASAL RÉGIO SOLAR, talvez único na História Portuguesa. Ele era um Trovador pertencente à grande corrente iniciática dos FIDELLI D´AMORE, os FIÉIS DE AMOR, cujo símbolo era a ROSA, e que estão na origem das Cantigas de Santa Maria, das Cantigas de Amor, das Cantigas de Amigo e das Cantigas de Bendizer e de Maldizer, todas elas, principalmente as duas primeiras versões, repletas de sentido iniciático. Os FIDELLI D´AMORE vinham a ser uma das ORDENS INICIÁTICAS criadas à sombra da entretanto extinta ORDEM DOS CAVALEIROS POBRES DE CRISTO E DO TEMPLO DE SALOMÃO, vulgo, ORDEM DOS TEMPLÁRIOS.
A RAINHA SANTA ISABEL (1270 – 4.7.1336), YZABEL no grafismo medieval, ou por outra, a ÍSIS-BEL ou JEBEL, em aghartino, sendo de formação CÁTARA por influência da corte erudita de seu pai D. Pedro III de Aragão, e aliando a PUREZA à BELEZA, qual ALQUIMISTA DO AMOR, o que ficou bem patente no “MILAGRE DAS ROSAS”, revela ter desabrochado em seu coração a ROSA MÍSTICA, o mais puro e transcendente dos amores, sempre ajudando a todos aqueles que podia como benfeitora da Humanidade. Foi discípula do grande alquimista catalão ARNALDO DE VILANOVA, justificando assim muitos dos conhecimentos herméticos ou esotéricos que possuía. Foi também a grande promulgadora da instituição da FESTA POPULAR DO IMPÉRIO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO, a partir de ALENQUER para todo o País e o Mundo Lusófono, festejo claramente identificado ao simbolismo da coroação dum NOVO REI DO MUNDO, aquando a coroação do Menino converte-o Imperador universal. A santidade desta Rainha está bem patente no seu túmulo no CONVENTO DE SANTA CLARA A NOVA, em COIMBRA, onde o seu corpo permanece incorruptível ao TEMPO e ao ESPAÇO, vivendo assim na ETERNIDADE do ESPAÇO SEM LIMITES onde a morte e a corrupção corporal e anímica não existem, sendo Ela muito venerada pelos conimbricenses ao ponto de terem-na elevado a Padroeira de COIMBRA, e que ao par de SANTA MARIA é também CO-PADROEIRA DE PORTUGAL, sob o título “RAINHA E ANJO DA PAZ”. ISABEL DE ARAGÃO foi dos Seres Angélicos mais evoluídos que encarnaram na Península Ibérica e veio jovem para PORTUGAL, plena de ESPIRITUALIDADE, aliando a DEVOÇÃO à SABEDORIA e que teve um papel muito importante, destacado na ORDEM DE MARIZ, completando com D. DINIS um verdadeiro CASAL MARIZ, para não dizer ANDRÓGINO em separado, com isso assumindo naturalmente a posição hierárquica mais elevada possível de ocupar na mesma, nomeadamente a de GRÃ-MESTRINA, conhecida e reconhecida no meio iniciático da TEURGIA como a BUDHAI DE SINTRA, RAINHA E MÃE SOBERANA DA ORDEM DE MARIZ, para não dizer, de TODA A PORTUGALIDADE.
Rainha Santa Isabel, o “Anjo da Paz” de Portugal
D. NUNO ÁLVARES PEREIRA (24.6.1360 – 1.4.1431), o SANTO CONDESTÁVEL, ao lado de D. JOÃO I (11.4.1358 – 14.8.1433), o MESTRE PERFEITO, aquele o Paraninfo e este o Pai da extraordinária DINASTIA DE AVIS cuja Ínclita Geração a deve à própria ORDEM DE AVIS, emblematizada pela preciosa FLOR-DE-LIS consignada pelo Professor Henrique José de Souza LÓTUS SAGRADO DE AGHARTA, emblemático da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL que caracteriza os Preclaros Membros do GOVERNO OCULTO DO MUNDO. O CONDESTÁVEL DO REINO, “SANTO E GUERREIRO” à semelhança de AKDORGE ou São Jorge (cujo culto em Portugal começa com esta Dinastia), qual GALAAZ em demanda do SANTO GRAAL que veio a conquistar como o mais Puro dos CAVALEIROS, em cuja ORDEM DE CAVALARIA foi armado aos 16 anos, a idade canónica dos “Virgens e Puros” que são os KUMARAS, agiu como METRATON intermediário entre a Terra e o Céu, Medianeiro ou Pontífice Eleito como Príncipe de Clemência e Justiça (PRINCEPS CLEMENS ET JUSTITIAM). Guerreiro assinalado empunhando a Espada Mágica Tributária, a CALIBURNA ou EXCALIBUR saída da forja de Vulcano do misterioso alfageme de Santarém, Fernão Vaz, com a qual nunca perdeu uma batalha, principalmente a de ALJUBARROTA onde o «impossível» se tornou possível ao vencer o poderoso exército castelhano com um número muitíssimo inferior de forças (dizendo-se ter sido na proporção de um português para dez ou mais espanhóis…), era dotado de invulgar capacidade de estratega militar indiscutivelmente superior, ademais abençoado pelo DIVINO ESPÍRITO SANTO, o que vale pela mesma AGHARTA de onde o seu Ser Imortal era originário. No “final da sua vida”, depois de ter prestado muito e indispensável serviço a PORTUGAL, tendo-lhe deixado assegurada a INDEPENDÊNCIA, deixou as batalhas corporais para se dedicar exclusivamente às batalhas espirituais, indo contrair votos monásticos na ORDEM DE SANTA MARIA DO CARMELO, no convento que fundara em Lisboa, aí se recolhendo na humildade monacal de simples monge, de vez se assumindo, como sempre se assumiu, CAVALEIRO-MONGE, logo coberto de foros de santidade e que só recentemente (26.4.2009) a Igreja Romana o reconheceu como tal elevando-o à santidade dos altares – SANTO CONDESTÁVEL. NUNO ÁLVARES PEREIRA, como também a RAINHA SANTA ISABEL, nunca deixaram de existir, pois as suas mortes são misteriosas, mesmo que fiquem os despojos corporais, sendo que são dos Seres mais evoluídos espiritualmente que pisaram PORTUGAL a ponto de, diz a Tradição, configurarem a Bendita Parelha BUDHA-BUDHAI na cúspide hierárquica da ORDEM DE MARIZ, ele que como Chefe Temporal da mesma anda hoje ligado à figura misteriosa do Barão HENRIQUE DA SILVA NEVES. Como VELSUNGO, foi uma espécie masculina da VALQUÍRIA JOANA D´ARC (a “Jina da Arca” ou Agharta), sendo que ele nasceu para salvar Portugal, e ela para salvar França.
Santo Condestável Nuno Álvares Pereira
O INFANTE D. HENRIQUE DE SAGRES (4.3.1394 – 13.11.1460) foi o Grão-Mestre da ORDEM DE MARIZ no seu tempo, tendo fundado em LAGOS, com extensão a SAGRES, a sua famosa ESCOLA DE NAVEGAÇÃO, donde saíram os bravos marinheiros que descobririam para o mundo terras até então desconhecidas, nomeadamente a descoberta da AMÉRICA e em particular do BRASIL, a “NOVA LUSITÂNIA” no dito sábio de Pedro de Mariz. Ele estruturou e consolidou as bases psicossociais que levaram à expansão de PORTUGAL, com a missão de aproximar e até fundir culturas não antagónicas mas diferentes, no fundo, procurou unir o ORIENTE ao OCIDENTE. Para isso integrou na sua Escola os conhecimentos superiores árabes (a matemática, a astrologia, a medicina e até a alquimia) com os conhecimentos superiores das cátedras cristãs, ecletismo esse que ele, D. HENRIQUE, soube bem incorporar, propagar e expandir através da ORDEM MILITAR DE NOSSO-SENHOR JESUS CRISTO, vulgo, ORDEM DE CRISTO, de quem era o 8.º Mestre e Administrador Geral. PORTUGAL, ao iniciar a expansão do seu Império Temporal por via marítima sob o Orago STELLA MARIS (donde a manuelina Gesta Dei per Portucalensis), traçou e fincou o entendimento amplo entre todas as raças, promoveu e desenvolveu a miscigenação entre as mesmas e assim deu origem a novos biótipos humanos, dando início ao PROJECTO SINÁRQUICO de fusão harmónica de todos os povos gerando uma só Raça Humana, superiormente justa e perfeita. Por outras palavras, a DIÁSPORA MARÍTIMA teve por fim supremo a geração da FRATERNIDADE ou CONCÓRDIA UNIVERSAL DA HUMANIDADE, tanto valendo por SINARQUIA, paradigma prescrito que subjaz a toda a Gesta Henriquina o qual prossegue até hoje no escrínio e escol dos Maiores da Portugalidade. Não é por acaso ele não ser geralmente denominado pelo nome próprio, Henrique de Borgonha e Lencastre ou Lencaster (Henry de Borgogne et Lencaster), mas sobretudo INFANTE HENRIQUE DE SAGRES , não só por referir-se a ter criado a Escola Náutica de Sagres, onde se deu a génese dos Descobrimentos Marítimos, que de forma sublime congeminou, mas sobretudo porque as suas iniciais formam a sigla avatárica ou messiânica I ou JHS, o que suscita algumas reflexões. A sigla JHS, com efeito, assinala o GOVERNO ESPIRITUAL DO MUNDO. Ao centro a letra H representa o REI DO MUNDO, ladeado pelas suas Colunas Vivas J e S (J = Júpiter; H = Hermes ou Mercúrio; S = Saturno), expressando assim a manifestação das Três Forças Primordiais do Universo – Satva, Rajas, Tamas, envolta por Prana, Fohat, Kundalini. Esta sigla é, pois, atribuída aos Grandes Seres, autênticos AVATARAS, que colaboram estreitamente com o Trabalho em acordo ao Desígnio do Supremo Arquitecto do Universo. Aquela que foi a sua divisa, TALANT DE BIEN FAIRE (“Talento de Bem Fazer ou Criar”), pode então ser interpretada de forma mais objectiva, referindo-se Talant à VONTADE DE DEUS, ligada ao 1.º Raio Primordial, enquanto Bien é o Bem, no sentido da HARMONIA e do AMOR, ou como diria o Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA, “o BEM, o BOM e o BELO”, estando ligado ao 2.º Raio Primordial, o do AMOR-SABEDORIA DE DEUS, e finalmente Faire, o Fazer, a ACTIVIDADE INTELIGENTE DE DEUS manifestado hipostaticamente pelo 3.º Raio Primordial. Deste modo, subentende-se a manifestação da Tríade Superior ou as 3 Hipóstases Divinas (PAI, MÃE, FILHO) manifestadas numa só e humana Pessoa, o próprio INFANTE HENRIQUE DE SAGRES, o que “tem o Globo do Mundo numa mão e o Ceptro na outra”, segundo FERNANDO PESSOA, ou seja, representando no PLANO DA MANIFESTAÇÃO ao próprio REI DO MUNDO. Razão mais que suficiente de não ter sido por acaso que fosse, na sua época, o Supremo Dirigente da Soberana ORDEM DE MARIZ… O INFANTE D. HENRIQUE também foi, como já se disse, Governador ou Administrador Geral da ORDEM DE CRISTO, esta a herdeira universal da antiga ORDEM DOS TEMPLÁRIOS, e consequentemente de todos os seus segredos e também riquezas, não só materiais como espirituais, que iriam possibilitar a viabilização da grandiosa empresa das DESCOBERTAS MARÍTIMAS. Ele foi, efectivamente, um Homem “de visão” que sabia, de facto, de onde vínhamos e para onde íamos, enquanto NAÇÃO. Como Grão-Mestre da ORDEM DE MARIZ teve como “Colunas Vivas” CRISTÓVÃO COLOMBO (COLUNA J) e PEDRO ÁLVARES CABRAL (COLUNA B), de quem falaremos seguidamente.
Infante Henrique de Sagres
CRISTÓVÃO COLOMBO (1451 – 20.5.1506), “aquele que transporta a POMBA DE CRISTO”, tão-somente é o nome sacramental e não baptismal (pois este era SALVADOR GONÇALVES ZARCO), portanto, simbólico do GRANDE INICIADO que foi, muito ligado à Secreta e Iniciática ORDEM DE MARIZ. O seu nome provém de COLUMBA, a “POMBA” de todas as INICIAÇÕES, o ESPÍRITO SANTO das homenagens divinas. Na verdade, COLOMBO era de origem AGHARTINA no que diz respeito à sua maternidade, pouco importando que o seu pai tivesse sido um nobre de sangue tanto português quanto castelhano, para fazer jus à “descida das MÓNADAS IBÉRICAS” que deveriam formar uma NOVA CIVILIZAÇÃO IBERO-AMERÍNDIA, cuja Missão seria completada por outro personagem misterioso, também de estirpe AGHARTINA, de nome PEDRO ÁLVARES CABRAL. A devoção e o culto ao ESPÍRITO SANTO, a MARIA, MÃE DIVINA, ou melhor, a obediência que devia à ORDEM DE MARIZ, levou COLOMBO a conduzir a sua esquadra chefiada pela nau SANTA MARIA em vez de directamente às Canárias, como previsto, ao arquipélago dos AÇORES, que era nem mais nem menos que o último reduto lusitano da Atlântida Ibérica, aí onde estava uma COMENDA DE MARIZ, às vistas de todos sem que todos suspeitassem sequer de ser um “formigueiro de ADEPTOS”. Feitos os relatórios à ORDEM DE CRISTO de que fazia parte e fora “emprestado” pela mesma à corte de Aragão e Castela, e abonada de provisões de novo a esquadra se fez ao largo, em rota só conhecida dele e de alguns oficiais superiores da mesma ORDEM DE CRISTO. Após passagem por Cabo Verde e seguindo as correntes marítimas suscitadas pelos ventos do Noroeste, inevitavelmente chegaram às costas das ÍNDIAS OCIDENTAIS, ou seja, chegaram à AMÉRICA DO NORTE.
Processo idêntico aplicou PEDRO ÁLVARES CABRAL para alcançar a AMÉRICA DO SUL, navegando um pouco mais transversalmente e indo assim aportar junto ao areal de PORTO SEGURO, na costa brasileira da BAHIA de Todos os Santos.
A Missão de PEDRO ÁLVARES CABRAL (1467 – 1520) não foi mais que um codicilo para o espiritual Testamento de CRISTÓVÃO COLOMBO, sendo por isso a pedra fundamental ao raiar do século XVI (1500) do grande Edifício Humano de uma NOVA RAÇA. Tanto o brasão de COLOMBO como o de CABRAL são cercados de ramos partidos do mesmo tronco, este o Tronco Divino e não Humano, AGHARTINO por excelência, por ser o “Tronco da Árvore Genealógica dos Deuses, KABIRES ou KUMARAS”!… O facto de alguém se chamar PEDRO ÁLVARES CABRAL, logo tomando a analogia filológica de CABRAL com CAPRIS ou CAPRICÓRNIO e CUMARA, e adoptar por brasão vários ramos de uma árvore (a mesma “Árvore Genealógica dos Deuses”) tendo abaixo, no escudo, dois cabritos, e em cima, na cúspide, um outro um pouco menor, justificando a TRINDADE CUMÁRICA de PAI, MÃE e FILHO, denota superiores conhecimentos iniciáticos, que nunca poderão chegar às mãos de homens vulgares, por mais ilustrados que sejam.
LUÍS VAZ DE CAMÕES (1524 – 10.6.1580), o autor da “BÍBLIA SAGRADA DOS LUSOS”, OS LUSÍADAS, obra repleta de simbolismo mitológico, incitando mais à intuição que ao intelecto para se puder desvendar muitos dos seus mistérios, e na qual se vislumbra o espírito ou essência da História Mítica e Mística de PORTUGAL. Segundo vários autores confirmados pela Tradição, ele foi iniciado na antiga Ordem Mística espanhola LOS ALUMBRADOS ou os FILHOS DA LUZ, que é dizer ILUMINADOS nas antigas tradições teúrgicas do Neo-Pitagorismo e Gnosticismo que chegaram aos Cátaros e Maniqueístas. É considerado um FIDELLE D´AMORE, o que ficou bem patente no Canto IX do seu imortal Poema Pátrio, a “ILHA DOS AMORES”, que de certa forma resume toda a doutrina dos ALUMBRADOS. CAMÕES era também um SEBÁSTICO DE ADVENTO, pois defendia as ideologias sebásticas de Advento do ENCOBERTO, no que igualmente não deixava de ser anunciador da NOVA IDADE. OS LUSÍADAS são o épico máximo da nossa Historia Literária, e LUÍS DE CAMÕES é ele próprio a encarnação da LUSOPHIA, que é dizer, da LUZ DO ESCLARECIMENTO como SABEDORIA ILUMINADA e ILUMINADORA da RAÇA DOS LUSOS, e nisto foi sobretudo o Homem Representativo do próprio ESPÍRITO PORTUGUÊS.
Ave Maris Stela
Tela a óleo (séc. XVIII), carmelita, na igreja de St.ª Maria de Lagos
O Padre ANTÓNIO VIEIRA (6.2.1608 – 18.7.1697), em cujas preces se remetia à VIRGO MARIS, foi, segundo FERNANDO PESSOA, o Mestre Secreto em seu tempo da “aparentemente extinta ORDEM TEMPLÁRIA DE PORTUGAL”. Se é “aparente” é porque está OCULTA, e então, com todos os subentendidos de que o vate se valeu, vale associá-la à SUPRA-SECRETA ORDEM DE MARIZ. A ida para o BRASIL do Padre Vieira, onde chefiou como sacerdote e instrutor a secreta e iniciática ORDEM DOS CÁRIOS, descendentes dos CARIJÓS atlantes, então domiciliada e operando na tradicionalmente considerada 7.ª CATEDRAL GRAALÍSTICA do OCIDENTE, a de SÃO SALVADOR DA BAHIA, tinha como objectivo preparar as condições humanas e espirituais para a derradeira METÁSTASE do BRASIL E PORTUGAL, consumando na “Peanha de Cristo” o QUINTO IMPÉRIO do Mundo, aquando reinará a CONCÓRDIA UNIVERSAL, a SINARQUIA de AGHARTA. Este ilustríssimo Padre jesuíta que também fez as vezes de Sacerdote do Deus Altíssimo, foi o principal difusor em seu tempo da ideia messiânica ou avatárica das 5 IDADES DO MUNDO, conformadas ao tema Translatio Imperii já perfilhado pelo apóstolo do Nuevo Evangelio no século XIII, o monge cisterciense da Calábria, JOAQUIM DA FIORA. Para Vieira, o QUINTO IMPÉRIO será PORTUGUÊS (na Língua) e sobretudo ESPIRITUAL, o que corresponde à SATYA-YUGA, a IDADE DE OURO do augúrio do profeta da História do Futuro que hoje já se faz Presente, preanunciado pela Nova Aurora do CICLO DE AQUARIUS.
D. FERNANDO II (29.10.1816 – 15.12.1885), o REI ILUMINADO, grande defensor das Artes e do Património Nacional, tendo mandado restaurar inúmeros monumentos deixados ao abandono, sendo mais português que muitos portugueses, visto ter sido de origem alemã da família SAXE COBURGO-GOTHA. Família real desde sempre ligada e protegida por SOCIEDADES SECRETAS, sendo que D. FERNANDO II não fugia à regra com as suas ligações à ORDEM ROSA+CRUZ (sendo conhecido pelo nome iniciático FRATER ROSEA+CRUCIS) e à MAÇONARIA, e muito secretamente à ORDEM DE MARIZ, protectora da sua Família em toda a Europa a partir de SINTRA. Talvez a maior prova da sua filiação a MARIZ tenha sido a de querer fazer de SINTRA A CAPITAL ESPIRITUAL DA EUROPA, pondo na mesma SERRA SAGRADA a Cabeça do QUINTO IMPÉRIO LUSITANO e nela unir o ORIENTE com o OCIDENTE, então decerto sabendo que a CASA MATER dos MARIZES, ORDEM também chamada CRUZEIRO MÁGICO DE MARIZ ou DOS MARIZES, é precisamente SINTRA, por cujos vales e profundezas o Rei costumava perder-se só regressando a casa altas horas da noite, ou então desaparecendo dias seguidos. Pondo em prática esse conhecimento esotérico, converteu o antigo Convento Hieronimita de Nossa Senhora da Penha no PALÁCIO DA PENA ou PALÁCIO DO GRAAL, como lhe chamou Richard Strauss, logo, PALÁCIO DO REI DO MUNDO. Ele foi um dos principais difusores em PORTUGAL do ROMANTISMO, aliando o bom gosto artístico pelas Belas Artes ao SIMBOLISMO INICIÁTICO subjacentes a muitas delas, como se confirma facilmente em todo o imóvel e recheio deste seu PALÁCIO E JARDIM DA PENA. A prova efectiva do MAKARA ou ADEPTO PERFEITO que ele era (e é!), ou no mínimo representava DIRECTAMENTE, está assinalada no bem visível CROCODILO, representativo do mesmo MAKARA, lapidado no canto angular sobre a porta de entrada do Palácio. Pela sua evolução humana e espiritual ou iniciática, não nos espanta que ele fosse o representante externo, TULKU, uma espécie de «sósia espiritual», do Grão-Mestre da ORDEM DE MARIZ possuidor do PODER TEMPORAL, o que vai bem com as funções reais, e, ao mesmo tempo, denota o carácter MAÇÓNICO da mesma, onde ainda hoje muitas famílias de grave e antigo brasonato têm entre os seus membros MARIZES, não só de FAMÍLIA mas sobretudo de ORDEM.
ANTÓNIO AUGUSTO CARVALHO MONTEIRO (1884 – 1920), o “Monteiro dos Milhões”, dono da “MANSÃO FILOSOFAL” que é o PALÁCIO DA QUINTA DA REGALEIRA DE SINTRA, um regalo para os olhos e para o espírito onde de vê revelada a manifestação no PARAÍSO TERREAL de SINTRA do PARAÍSO CELESTIAL de DEUS, toda ela repleta de simbolismos e géneros artísticos onde se podem identificar influências templárias, gnósticas e alquímicas, numa fusão sui generis do cristianismo com a mitologia greco-romana, literariamente inspirada em Dante e Camões, sobressaindo de tudo o intenso pendor AGHARTINO, bem patente nos imensos TÚNEIS e TORRES SUBTERRÂNEAS da Quinta. Ele também esteve ligado à fundação do JARDIM ZOOLÓGICO DE LISBOA, na Quinta das Laranjeiras do Conde de Farrobo onde se reproduziu o próprio ÉDEN, o JARDIM DO PARAÍSO TERREAL, indo a vegetação, os animais e as pessoas misturar-se com construções de cariz esotérico facilmente detectáveis por quem tenha os sentidos interiores despertos. Apesar de ser imensamente rico materialmente, também o era espiritualmente, ajudando sempre de boa vontade quem dele se acercava com dificuldades financeiras. Embora lhe sejam atribuídas muitas filiações esotéricas, nomeadamente de cariz maçónico, estamos em crer que, além de conhecido e assumido católico e monárquico, sustentou uma relação muito íntima com a ORDEM ESPIRITUAL DE PORTUGAL, a Soberana ORDEM DE MARIZ, ficando como prova disso e da sua condição de Ser Superior a inscultura, na chaminé do seu Palácio da Regaleira, do animal mitológico hindu MAKARA. Bem sabemos que o MAKARA, além de animal mitológico hindu, revela o ESTADO DE CONSCIÊNCIA SUPERIOR afim ao ADEPTO PERFEITO, neste caso particular espécie de “santo-e-senha” revelador da própria afiliação MARIS AD AETERNUM de Carvalho Monteiro, não sendo então por acaso, como afirma a Tradição Secreta, que ele tenha servido de TULKU ou espécie de «sósia espiritual» do Grão-Sacerdote da mesma “ORDEM DO SUBSOLO”, parafraseando Fernando Pessoa, com isso detendo a AUTORIDADE ESPIRITUAL da própria PORTUGALIDADE.
FERNANDO PESSOA (13.6.1888 – 30.11.1935), o grande vate da Literatura Portuguesa, escritor profícuo aliando o intelecto à intuição, manifestando a VOZ DE SENZAR que é a FALA dos ILUMINADOS verdadeiros, explanou com profusão em muitas das suas obras o que realmente é ser um VERDADEIRO INICIADO, não pertencendo a nenhuma Ordem e ao mesmo tempo pertencendo a todas, como se cingisse exclusivamente às REGRAS DO NOVO PRAMANTHA ou da GRANDE FRATERNIDADE BRANCA! Declarado Membro da FRATERNIDADE OCULTA DE PORTUGAL, em palavras suas a “aparentemente extinta ORDEM TEMPLÁRIA DE PORTUGAL”, o que vale dizer ORDEM DE MARIZ pelas razões que justificámos mais atrás, e SOBERANA por ela ser o fundamento, razão e vazão de todas as demais Ordens Religiosas (Templárias) e Militares (Tributárias) já havidas em PORTUGAL, visto ser uma projecção directa, com ORDEM e REGRA, da mesma EXCELSA FRATERNIDADE de quem é a QUINTA RAMA com POSTO REPRESENTATIVO soberano sobre os demais Institutos formados à sua sombra benfazeja, pouco importando a maior ou menor consciência que os líderes dos mesmos tenham do facto. Muitos dos heterónimos e pseudónimos deste autor, já considerado por alguns como o “SUPRA-CAMÕES”, vinham a ser uma forma peculiar de manifestar e caracterizar a sua própria evolução espiritual, ao mesmo tempo revelando a condição de TULKUÍSMO pela qual plasmava as mais altas influências espirituais dos Mundos Superiores através da LITERATURA, expressiva do QUINTO RAIO que caracteriza a RAÇA LUSA, muitas vezes ocultando-se no nome simbólico HYRAM PETRUS, com o qual é conhecido nos meios reservados e iniciáticos de SINTRA.
BARÃO HENRIQUE ÁLVARO ANTUNES DA SILVA NEVES (Portugal, 1849 – Brasil, 20.11.1944), personagem completamente desconhecido dos anais históricos. Foi um rico-homem que ganhou fortuna continuando o negócio de fretes marítimos da família, e repartiu a sua residência entre Lisboa, Goa e por fim São Salvador da Bahia. Como ADEPTO INDEPENDENTE que era (e é!), actuou sempre ENCOBERTO às pompas e luxos da burguesia do mundo profano (mais ou menos como Carvalho Monteiro também fazia), mas estando muito ligado à OBRA DO ETERNO NA FACE DA TERRA tendo chegado a ser PARANINFO do Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA, quando este passou por Lisboa em 1899, com 16 anos de idade. Foi de grande e imprescindível auxílio aquando do ACIDENTE DE LISBOA que vitimizou a contraparte espiritual do Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA, HELENA IRACY GONÇALVES DA SILVA NEVES, muito perto da SÉ PATRIARCAL. Albergou o então o jovem HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA no seu Palácio, próximo da SÉ, nas cercanias da RUA DO BARÃO. De origens possivelmente judaico-cristãs, sabe-se que a família NEVES ter-se-á fixado na COVILHÃ ainda no século XII, e nesse século ou no seguinte terá misturado o seu sangue com o tronco familiar dos SILVA, donde SILVA NEVES. É sabido que a família NEVES possuía raízes judaicas sefarditas, e com a adesão de alguns dos seus membros ao Cristianismo ela adoptou por Orago NOSSA SENHORA DAS NEVES, certamente bem aceite pelos restantes familiares não conversos que a identificariam à VIRGEM BRANCA, forma titular de descrever a própria SHEKINAH, a “Presença Real de Deus” como ESPÍRITO SANTO. Os SILVA NEVES estão espalhados um pouco por todo o Norte do País, do Douro Litoral e Interior até Trás-os-Montes e Minho, daí migrando mais para Sul, para COIMBRA e LISBOA. O BARÃO HENRIQUE teria propriedade próxima ou mesmo na aldeia de SÃO LOURENÇO DE ANSIÃES, tendo migrado novo para LISBOA trazendo na bagagem a riqueza enorme herdada de seu pai, e na capital iniciado o negócio de fretes marítimos entre LISBOA – GOA, Índia Portuguesa (e depois entre LISBOA – SÃO SALVADOR DA BAHIA / RIO DE JANEIRO), onde teve casa, e ainda lá está, no BAIRRO DE SÃO LOURENÇO, na Rua das Flores próxima da Praça com o nome desse Santo a caminho do Forte dos Reis Magos, portanto, na Goa Velha e não na actual Pangim. O BARÃO juntamente com a sua boníssima contraparte humana e espiritual, a BARONESA HELENA DA SILVA NEVES, foram em vidas anteriores, respectivamente, NUNO ÁLVARES PEREIRA e a RAINHA SANTA ISABEL, vindo a ser PAIS do QUINTO DHYANI-BUDHA que com ELA, são precisamente o BUDHA-BUDHAI DE SINTRA, na direcção suprema da ORDEM DE MARIZ… que assim tem “SOL E LUA À SUA FRENTE”.
Estes são, segundo a nossa visão, alguns dos nomes mais importantes da HISTÓRIA DE PORTUGAL que, ligados directamente à ORDEM DE MARIZ, mais influenciaram os destinos deste País. Muitos outros também podem ser associados, como o CONDE D. HENRIQUE DE BORGONHA, que como já referimos teve papel importante na formação de PORTUGAL, e GUALDIM PAIS, um dos mais importantes Grão-Mestres TEMPLÁRIOS, muito ligado à fundação de TOMAR; FILIPA DE LENCASTRE, a “Princesa do Santo Graal”, Mãe da ÍNCLITA GERAÇÃO; D. JOÃO DE CASTRO, Vice-Rei da Índia e proprietário da misteriosa, até há alguns anos repleta de fenómenos JINAS, QUINTA DA PENHA VERDE, em SINTRA; FRANCISCO DE HOLANDA, pintor exímio, nomeadamente das IDADES DO MUNDO, e igualmente escritor; mais recentemente o ensaísmo e a poesia de SAMPAIO BRUNO e GUERRA JUNQUEIRO. Muitos mais, mais ou menos conhecidos, poderia ainda citar, talvez sendo como os mais importantes mesmo não sendo nomes sonantes da História, pois agiram como ADEPTOS ENCOBERTOS, preparando o terreno psicossocial para que outros, com PODER TEMPORAL e AUTORIDADE ESPIRITUAL mais ostensivos, pudessem efectivar a MISSÃO AVATÁRICA, MESSIÂNICA deste PORTO DO GRAAL.
Brasão da Família Mariz
A título de curiosidade, podemos referir que existe em PORTUGAL uma família de nome MARIZ, que segundo podemos apurar será descendente da família francesa originada em MENGO DE MERY, que no nosso País se tornou DE MARIZ, possuindo solar na Freguesia de MARIZ, junto a BARCELOS, e o mais antigo que se conhece do apelido em PORTUGAL chamou-se ALFREDO NUNES DE MARIZ casado com MARIA ESTEVES, filha de ESTEVÃO GONÇALVES e de sua mulher URRACA AFONSO, de cujo matrimónio descendem os do apelido MARIZ. De entre os seus mais proeminentes descendentes destaca-se PEDRO DE MARIZ (1550 – 24.11.1615), autor dos DIÁLOGOS DE VÁRIA HISTÓRIA, onde as vidas de muitos personagens reais da nossa História são descritas e retratadas. Alguns dos lugares onde podemos encontrar descendência dessa família é no LOUREL, perto de SINTRA, e também em ODIVELAS, onde existiu a QUINTA DO MARIZ. Desde sempre, por mais não seja que pela origem do nome MARIZ, podemos associar esta família com outras, nomeadamente a SAN PAYO ou SAMPAIO, ligada aos LUSIGNAN, a MENEZES, a CARVALHO, a MONTEIRO e, claro está, a NEVES, mais precisamente a SILVA NEVES, com ligações mais ou menos directas por parte de alguns dos seus membros à ORDEM SOBERANA do mesmo evoco, de acordo com o que disse o Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA em 28.9.1941: «(…) sendo que o nome “Mariz” inúmeras famílias nobres de Portugal o possuíram e prosseguiram». Resta não confundir a HERANÇA GENEALÓGICA ou FAMILIAR com a HERANÇA TRADICIONAL ou INICIÁTICA, que é sempre quem origina aquela. A ORDEM é uma coisa, e a FAMÍLIA é bem outra, ainda que por vezes andem inextrincavelmente juntas, prerrogativa indispensável de HERANÇA FAMILIAR e HERANÇA INICIÁTICA.
ENCLAVES MÁGICOS
Abordaremos agora alguns dos principais lugares espalhados por PORTUGAL que, a nosso ver, estiveram mais ligados à origem e expansão da ORDEM DE MARIZ em território nacional. Começaremos pelo local da sua origem, já largamente referido neste estudo, SÃO LOURENÇO DE ANSIÃES.
SÃO LOURENÇO DE ANSIÃES, berço espiritual da ORDEM DE MARIZ onde tudo começou, ligava-se outrora subterraneamente com os Mundos de DUAT e BADAGAS, sendo possível ainda hoje vislumbrar reentrâncias na paisagem circundante fazendo lembrar aqueles outros misteriosos túneis que comunicavam com outra Humanidade no CENTRO DA TERRA. Destaca-se a CAPELINHA DE SÃO LOURENÇO mandada erigir por um padre católico, tendo por cima da ombreira esta inscrição: “MANDOU-A FAZER O VIGÁRIO DA FREGUESIA JOSÉ DA LIOCIDA (LEÔNCIDA) NEVES NO ANO DE 1839”. O vigário JOSÉ NEVES seria possivelmente parente do BARÃO HENRIQUE DA SILVA NEVES, e este seria um dos locais onde a ORDEM DE MARIZ se reunia em segredo. Mas o grande destaque deste lugarejo perdido junto às margens do Rio TUA, no Trás-os-Montes profundo, é a sua FONTE SANTA de águas sulfúricas provindas do seio da Terra, destinadas a que se purgassem ou purificassem os VEÍCULOS DA PERSONALIDADE ou os CORPOS MORTAIS dos MARIZES, preparando-os assim corporalmente para a descida subsequente aos MUNDOS SUBTERRÂNEOS DE BADAGAS e de DUAT, ao OMPHALOS da MÃE-TERRA, Morada Oculta dos GRANDES ADEPTOS da FRATERNIDADE BRANCA que eles também eram. Aí esteve o Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA em 1899, tomando contacto com esta Milícia Secreta e não deixando de banhar-se na FONTE HIDROTERMAL DE SÃO LOURENÇO, de onde brotam duas saídas de água que, como já referimos anteriormente, misteriosamente sem que ninguém saiba a razão chamavam-se antigamente HENRIQUE E HELENA, tendo por cima a pequena imagem miraculosa de SÃO LOURENÇO, e na base das bocas d´água as figuras muito deterioradas de CASTOR E POLLUX, estando lateralmente a GRUTA de onde provêm as ÁGUAS SANTAS curadoras de muitos males, razão de ainda hoje serem muito procuradas pelo povo aflito buscando o seu bálsamo, tendo baptizado este sítio como TERMAS DE SÃO LOURENÇO. De notar a presença de várias casas abandonadas, muito provavelmente algumas delas pertencentes a MARIZES, como a “CASA DA ACÁCIA”, e quase de certeza uma delas pertencente ao BARÃO HENRIQUE DA SILVA NEVES.
Perto daí, já na ALDEIA DE POMBAL DE ANSIÃES, destaca-se a sua igreja tendo na dianteira sobre a porta um nicho com o Orago SÃO LOURENÇO e por cima esculpida uma POMBA DE ASAS ABERTAS, símbolo do ESPÍRITO SANTO que igualmente, mais ocultamente, é uma das principais insígnias da ORDEM DE MARIZ e, sobretudo, da Augusta ORDEM DO SANTO GRAAL que hoje sintetiza o Trabalho Avatárico de todas as outras sete Ordens do Passado. Nas suas traseiras, pode observar-se um M encimado pela FLOR-DE-LIS, encontrando-se no topo, entre a CRUZ e a ROSA, a inscrição: “ESTA OBRA MANDOU FAZER O REVERENDO ANTÓNIO DE SEIXAS, 1750”. O Padre ANTÓNIO DE SEIXAS muito provavelmente seria um Membro da ORDEM DE MARIZ, e como todos os ADEPTOS actuava como ENCOBERTO, daí que no interior da igreja, logo à sua entrada, possa observar-se o seu retrato mas… quase apagado não se vislumbrando o rosto. O grande destaque deste templo encontra-se no seu tecto de madeira: tem ao centro a pintura extraordinária do busto de SÃO LOURENÇO sobre a MENORAH, o Candelabro de 7 Velas acesas, o que aparentemente constitui “heresia” por associar um personagem do santoral cristão com o símbolo principal do Judaísmo, mas na realidade nos factos iniciáticos encarnando Ele o CAVALEIRO DO MANTO VERMELHO que é o mesmo AKDORGE, expressão fidedigna de ARABEL no topo do CANDELABRO CELESTE, ou sejam, os 7 LUZEIROS ou LAMPADÁRIOS CELESTES de que ARABEL é o primeiro aqui, na LUX CITÂNIA, a “TERRA DE LUZ”. No chão da igreja estão alguns túmulos, cujas tampas sepulcrais inscrevem uma e só misteriosa LETRA AGHARTINA, usada tanto para designar o SIGNO DE AQUARIUS como, sobretudo, o estado de consciência MAKARA, neste particular, de MARIZ ou MARIS. De referir uma QUINTA lateral à igreja, cuja entrada nos fundos possui COLUNAS SALOMÓNICAS, sendo de aventar a hipótese de ser essa a Casa da Comenda pertença da ORDEM DE MARIZ em Pombal de Ansiães.
COIMBRA, feudo temporal, externo ou exotérico da ORDEM DE MARIZ, é a cidade da mítica serpente COLUBRA, a SERPENTE CELESTE de FOHAT que a supradita MILÍCIA DE ILUMINADOS traz a si por encadeamento mágico das suas ENERGIAS SIDERAIS. Coimbra no seu MORRO DOS AMORES, junto à FONTE DA SAUDADE, viu-se fadada por JESUS e MARIA, com os Anjos abrindo alas, na hora da Santa Eucaristia apresentando em 1800 os GÉMEOS ESPIRITUAIS AKBEL E ALLAMIRAH ao mundo. Por 3 horas o Ritual de Consagração transcorreu e depois, atravessando a cidade, na IGREJA DE SANTA CRUZ, onde está deposto o túmulo de D. AFONSO HENRIQUES, junto ao altar interiorizaram-se rumando subterraneamente até SINTRA, perfazendo o AVATARA MOMENTÂNEO de 1800. Tudo sob a cobertura defensiva da ORDEM DE MARIZ. Como símbolo assaz representativo do Espírito de MARIZ, temos o BRASÃO DE COIMBRA, no qual as cores VERDE e VERMELHA predominam, onde se faz presente uma donzela vestida de cor PÚRPURA, podendo muito bem ser a RAINHA SANTA ISABEL, Padroeira desta cidade, como também a Excelsa BUDHAI DE SINTRA encarnando a própria MATER DEI, cuja cor purpurina do Sol ou Chakra de KALA-SISHITA (SINTRA) se integra no DOURADO da TAÇA DO SANTO GRAAL, rodeada pela SERPENTE ALADA, a CELESTE COLUBRA, e pelo LEÃO REAL, expressivos do SOLVE ET COAGULA alquímico, patente neste PORTO DO GRAAL bem definido nos seus dois escudos com as 5 QUINAS QUINTO IMPERIAIS.
SINTRA é a Casa Mãe, Domus Mater da ORDEM DE MARIZ, onde em tempos passados os seus raros Membros se reuniam secretamente nas AZENHAS DO MAR, nas proximidades do Moinho de Água nas cercanias do terreiro abaixo da CAPELA DE SÃO LOURENÇO. Situada perto da actual capital de PORTUGAL, LISBOA, está aquela que é considerada a mais bela Serra do nosso País, SINTRA, tendo-se feito dela o oásis do Romantismo nos séculos XVIII-XIX. Sendo hoje Património da Humanidade, porta consigo historial vastíssimo recuando aos alvores da mesma Humanidade e onde a Utopia desejada se confunde facilmente com o imediatismo historiográfico, antropológico, etnológico e filológico. E etimologicamente podemos encontrar as designações árabe e moçárabe AL-SHANTARA e XENTRA e XINTRIA, ou ainda antes, recuando ao período celta, CYNTHIA ou CYNTIA, vulgarizando-se no século XVII a grafia CINTRA, persistindo até hoje, mas fixando-se, a partir dos anos 30-40 do século XX, o topónimo SINTRA. A presença do S, esotericamente falando, poderá ter muito a ver com o “CAMINHO DA SERPENTE”, que é o mesmo que dizer KUNDALINI ou o FOGO CRIADOR DO ESPÍRITO SANTO revelador da Sabedoria Oculta, críptica e encriptada, secreta, como Via de Realização da Grande Obra Alquímica individual e colectiva, segundo FERNANDO PESSOA, réptil esse e respectivo significado esotérico bem patente no promontório sintrense mais ocidental da Europa: o CABO DA ROCA, ou melhor, o Promontório de Ofiúsa (“Serpente”). SINTRA ou CYNTIA é, pois, o nome da deusa Lua em seu tríplice aspecto: HELENA, a Lua Espiritual, acima de SELENE, a Lua Psíquica, e esta sobre PERSÉFONE, a Lua Física… infernal, inferior, interior ou subterrânea. Quando se deu o último cataclismo da ATLÂNTIDA, a Montanha de KURAT, por extenso KURAT-AVARAT, hoje SINTRA, distendeu-se como uma lomba indo desde o actual ALGUEIRÃO até ao CABO DA ROCA. Ela era a quinta Montanha Sagrada já nesse finado continente atlante ou o de KUSHA, segundo as escrituras orientais, porque por causalidade sabia-se estar aí o 5.º CHAKRA DA TERRA – o VISHUDA ou LARÍNGEO. Por essa Montanha de KURAT, totalmente diferente do que é hoje, reflectiam-se ao exterior, através das suas enormes e imensas anfractuosidades escancaradas a céu aberto, os diáfanos raios PURPURINOS do “CENTRO VITAL” interior… em cujo final da Raça passaram a ser prenúncio fatal do “Crepúsculo dos Deuses”. Foi a partir desta lomba serrana que se propagou universalmente o tema céltico-árabe-cristão da DEMANDA DO SANTO GRAAL, e só podia ser assim, atendendo à fisionomia geográfica de Portugal, onde SINTRA aparece localizada como o “nariz” ou canal respiratório da Nação – centro motor do Alento Vital etérico, isto é, PRANA preenchendo inteiramente o AKASHA, o quinto elemento como quintessência da Natureza Universal – cuja dinâmica activa o biorritmo do País e por este, em anexo, a EUROPA inteira. Também nisto se encontra a justificativa à prerrogativa da sua profecia milenar: «Quem nasce em PORTUGAL é por missão ou castigo». SINTRA foi considerada o Mons Salvat (Monte Salvífico ou da Salvação) pela tradição poético-musical Wagneriana, bem alicerçada na Tradição Iniciática da ORDEM DO SANTO GRAAL que D. FERNANDO II DE SAXE COBURGO-GOTHA, inspirado nessa mesma Tradição, deixou bem patente nos jardins circundantes do PALÁCIO DA PENA (o “PALÁCIO DO SANTO GRAAL”, como lhe chamou RICHARD STRAUSS quando visitou SINTRA) e neste, englobando na mesma circunscrição geográfica o CASTELO DOS MOUROS, o que sugere um propósito secreto do Rei Iluminado em pretender unir aos dois hemisférios físico e ideal da Tradição, o do ORIENTE com o do OCIDENTE… «Quando o Oriente se unir ao Ocidente, será coisa pasmosa de ver», já dizia a profecia da Sibila da Serra. D. FERNANDO II não era estranho a todos os estes mistérios, pois além de ter assumido várias outras filiações de cariz esotérico e iniciático, informa a Tradição que perfilava nas fileiras secretas da soberana e misteriosa ORDEM DE MARIZ, e talvez ou decerto sob a inspiração directa desta pretendeu e encetou fazer de SINTRA, e de certa forma fê-lo, CAPITAL ESPIRITUAL DA EUROPA e do QUINTO IMPÉRIO LUSITANO. Assim, temos agora SINTRA como Capital Espiritual do Continente, e LISBOA como Capital Temporal do País, expressivas da Boa Lei ou Boa Lis, como escrevia Fernão Lopes na Crónica de D. João I, ou seja, L.ISBOA Y. S.INTRA.
TOMAR, podemos dizer que reúne todos os requisitos necessários para ser tomada, assumida CIDADE SAGRADA. À semelhança de outras cidades como LISBOA, JERUSALÉM ou ROMA, ela dispõe-se sobre 7 COLINAS, bem retratadas na MATA DOS 7 MONTES, desde há muito associada ao sentido esotérico dos enclaves mágicos dos TEMPLÁRIOS. Fazendo na Terra a viagem estelar do “CAMINHO DE SANTIAGO” ou a Via Láctea, tendo por guia a estrela SIRIUS alfa da constelação do CÃO MAIOR, os TEMPLÁRIOS encetaram diáspora do ORIENTE para o OCIDENTE vindo fixar-se no centro de PORTUGAL, em TOMAR, onde instituem a sua Casa-Mãe para toda a Península Ibérica. TOMAR, provindo filologicamente do assírio ATUMAR, “Senhor Pai”, como os primitivos nabantinos lhe chamavam, a sua etimologia também pode ser decomposta em TAT MARIS, “Oceano Universal”, em referência ao ASPECTO FEMININO do LOGOS CRIADOR, desde cedo, como dissemos, quis-se fazer dela (e fez-se!) um enclave sagrado ou solar sob a chancela secreta da Soberana ORDEM DE MARIZ. Justificando a pretensão de fazer de TOMAR a expressão mais perfeita possível da JERUSALÉM CELESTE, a mesma SHAMBALLAH encoberta, podemos referir o facto de no CONVENTO DE CRISTO a própria CHAROLA, autêntico AXIS MUNDI CELESTE, mandada levantar no 1.º de Março de 1160 por GUALDIM PAIS, Mestre Provincial dos TEMPLÁRIOS portugueses, ser uma réplica exacta dessa outra ROTUNDA também octogonal: a da CÚPULA DO ROCHEDO, em JERUSALÉM, ocupando o espaço do desaparecido TEMPLO DE SALOMÃO. Mas aqui, no esconso da CHAROLA tomarense, foram ocultados, criptados os segredos iniciáticos TEMPLÁRIOS, ideia que aflora de imediato ante a vista do próprio octógono da CHAROLA, sabendo-se da grande consideração cabalística que os TEMPLÁRIOS tinham pelo número 8, algarismo solar elevado à sua máxima potência e por isso mesmo inserto no número cabalístico do CRISTO, 608, o qual reúne em si a potência da Idade do PAI – Ciclo de JERUSALÉM – e a essência da Idade do ESPÍRITO SANTO – Ciclo da LUSITÂNIA. Ao dizemos que o 8 é número solar, isso vale por Mercúrio, pelo estado Andrógino associado ao mesmo valor aclamado como STELLA MARIS. É na igreja de SANTA MARIA DO OLIVAL, antigo Primaz dos Santuários Marianos portugueses de Aquém e Além-Mar, que está sepultado GUALDIM PAIS, o 6.º Grão-Mestre da Província de PORTUGAL da Ordem dos Cavaleiros Pobres de Cristo e do Templo de Salomão que tem na sua inscrição tumular a palavra TOMARIS, igreja esta que, dentre muitas outras curiosidades e mistérios, possui gravado no seu frontal exterior um pentagrama, neste caso, indicativo tanto do 5.º SISTEMA GEOGRÁFICO PORTUGUÊS como da manifestação do Homem Cósmico ou Primordial, ADAM-KADMON, nele. Volvendo ao CONVENTO DE CRISTO, além da CHAROLA já citada deve-se também referir a existência de uma possível Sala de Iniciação, posteriormente convertida em ADEGA, onde existe uma laje enorme tapando um pressuposto subterrâneo que, diz-se, passa sob a CHAROLA e leva até SANTA MARIA DO OLIVAL. É igualmente curioso que o próprio CASTELO dos TEMPLÁRIOS configure no seu esquisso a constelação do BOIEIRO, que é a «antecâmara» estelar dessa outra e mais importante URSA MAIOR, a constelação dos RISHIS ou dos divinos “7 REIS DE ÉDON”, cuja estrela alfa do mesmo BOIEIRO, ARCTURUS, é assumida esotericamente como o «portal» de acesso à GRANDE URSA. Terá tudo isso algo a ver com as iniciações crípticas ou subterrâneas ocorridas no Passado tomarense? Estamos em crer que sim. Em Tomar há a destacar também a igreja de SÃO JOÃO BAPTISTA, o AXIS MUNDI TERRESTRE, onde se distinguem misteriosos túmulos cujas tampas sepulcrais são idênticas às que se encontram na igreja de POMBAL DE ANSIÃES, com a misteriosa LETRA AGHARTINA indicativa de MAKARA. Aliando-se ao elemento FOGO bem patente na forja dos Alquimistas, simbolizado pelo DRAGÃO SOLVE ET COAGULA – cuja evocação foi caríssima aos TEMPLÁRIOS – e situada no centro de um espaço que podemos considerar instituído como cosmograma, com o CONVENTO DE CRISTO a Poente, o CONVENTO DE SANTA IRIA a Nascente, a IGREJA DE SÃO GREGÓRIO a Norte e a IGREJA DA MISERICÓRDIA a Sul, cada qual direccionada a um ponto cardeal e plantada sobre um nódulo telúrico, assim organizando os eixos de entrada na cidade cujos foros de sagrada também por isso e isso mesmo se deve. TOMAR, como Capital Templária da HISPÂNIA foi na altura considerada, pelas três religiões monoteístas do Livro (JUDAICA, CRISTÃ, ISLÂMICA), como a expressão fidedigna do CENTRO DO MUNDO, principalmente por sua associação simbólica (e não só…) à JERUSALÉM CELESTE, o que ficou bem assinalado no simbolismo in tempore et spatio da RODA do RIO NABÃO, assim assumida representação axial desse mesmo CENTRO DO MUNDO. De referir que os pressupostos e misteriosos Mestres Secretos da ORDEM DOS TEMPLÁRIOS, seriam os Irmãos Maiores ou Adeptos Perfeitos da ORDEM DE MARIZ, estes os verdadeiros Homens Representativos da PORTUGALIDADE INICIÁTICA como OBREIROS ENCOBERTOS do QUINTO IMPÉRIO do Mundo. É de realçar igualmente a existência em TOMAR de uma CAPELA DE SÃO LOURENÇO, tendo como destaque um painel de azulejos onde se mostra presente NUNO ÁLVARES PEREIRA, no seu tempo o Grão-Mestre da ORDEM DE MARIZ.
SAGRES, podemos considerar como sendo o lugar mais significativo e igualmente mais enigmático da Portugalidade, FINIS TERRAE ao mesmo tempo que Initio Gesta Dei ad Mareum per Portucalensis, lugar privilegiado de intercomunicação com o Além, com o Outro Mundo, o MUNDO JINA. O monumento mais enigmático dentro do Promontório de SAGRES, sem dúvida é aquele constituído por uma forma geométrica circular tendo dentro raios configurados por fiadas de pedras toscas e desiguais, o qual é vulgarmente chamado de «rosa-dos-ventos». Do centro dessa composição, com um diâmetro de 43 metros, divergem 49 raios ou linhas rectas, o que assim faz ruir a hipótese de «rosa-dos-ventos» por não se conhecerem disposições dessa natureza com mais de 32 rumos. Numa relação subtil com esse disposto pétreo, podemos referir que o nome árabe do Promontório é CHAK RAK, “Lugar das Pedras”, fonema soando muito próximo ao sânscrito CHAKRA, “RODA”, neste caso, sendo o CENTRO VITAL SACRO ou SACRAL (donde SAGRADO e SAGRES) situado na base da coluna espinhal tanto do Homem como do País, cujas sinergias tipificando-os singularmente advêm do SOL OCULTO do Mundo aí, desde SHAMBALLAH representada pela Cruz Flamígera de CRISTO (X), ou o mesmo quadrante solar operado por aquela que fez de SAGRES o Santuário Privilegiado do INFANTE D. HENRIQUE e dos Deuses humanizados que o acompanharam – a Soberana ORDEM DE MARIZ (cujo nome está literalmente inscrito numa tela na igreja de SANTA MARIA DE LAGOS), constituída dos 49 Adeptos Independentes como Seres Representativos da TERRA SANTA bafejada por esse mesmo SOL ESPIRITUAL ou OCULTO do GLOBO (;). Sendo assim SAGRES o Centro Sacro ou CHAKRA RAIZ do CORPO que é PORTUGAL (ficando SINTRA para o CENTRO CORACIONAL e a ALMA, ao passo que TOMAR assinala o CENTRO CORONAL e o ESPÍRITO), segundo a Tradição Iniciática é aí que se concentra a Energia Flogística do Divino ESPÍRITO SANTO, do “Laboratório de Kundalini”, esta bem assinalada na VIRGEM NEGRA cujo culto se fazia nas proximidades do Promontório, na ermida de SANTA MARIA DE GUADALUPE (ou Guapa-Lupe, a “Bela Lua”, assim mesmo signa lapidem vitriólica da Noite ou o Oculto, logo, designando a “Guardiã dos Mistérios” – Guadalupe – para não dizer, o próprio MEKA-TULAN), património do INFANTE D. HENRIQUE na aldeia da RAPOSEIRA (ou da raposa, esta, só por «acaso», o totem zoomórfico do Quinto Dhyani-Buda EDUARDO JOSÉ BRASIL DE SOUZA, antigo Dhyani-Jiva LEONEL DA SILVA NEVES, Filho varão primogénito dos BARÕES DA SILVA NEVES os quais além desse tiveram mais um casal (um outro menino e uma menina, esta adoptada desde o berço, Iracy, aquele o Antonino), e o qual é o mesmo Supremo Dirigente do 5.º Posto Representativo Português). De maneira que o Infante Ínclito dos Mares tinha a sua Confraria Espiritual em SAGRES, e a respectiva secular ou temporal Escola de Navegação em LAGOS, havendo residido entre ambas, precisamente na “VILA DO INFANTE” sita na mesma RAPOSEIRA. Essa academia de navegadores congregou os maiores especialistas da época, independentemente de raças e religiões, os quais foram inaugurar um período de Renascença, principalmente em termos de avanços tecnológicos e culturais para o mundo de então. Por SAGRES, através do Infante, PORTUGAL projectou-se no mundo, cuja diáspora, caracterizada sobretudo pelo intercâmbio entre as mais variadas culturas e pela mais ampla concórdia entre raças diversas, faz-se sentir ainda hoje e sempre que a presença de PORTUGAL seja reclamada em qualquer parte da TERRA. Realmente SAGRES revela-se “Laboratório do Espírito Santo” ou “de Kundalini”, ele o cóccix da coluna espinhal do País, a base de toda a estrutura orgânica e psicomental do mesmo, nisto, como curiosidade suprema, a imagem aérea geral do Promontório apresenta-o com a forma de um falo com os escrotos laterais, assim se aparentando à forma da flor-de-lis, para todos os efeitos, representação da CHAVE DE PUSHKARA – a 7.ª CIDADE AGHARTINA – que abre a Porta Santa de SHAMBALLAH, sendo o seu possuidor o próprio AKDORGE, o FILHO, o REI DO MUNDO. Foi em SAGRES que se realizaram os mais vetustos e antigos cultos ao Fogo Criador Saturnino ou Oculto, Ctónico ou Subterrâneo, por isto mesmo também chamado de “Sol da Meia-Noite”, celebrações ctónicas e psicopompas vindas desde os atlantes, passando os fenícios, os celtas, os romanos e chegando aos árabes e cristãos, etc. Ainda lá está, bem patente em pleno Promontório, a ruína do primitivo santuário circular de CRONOS-SATURNO, que deu o nome e a fama ao sítio como Sagrado ou SAGRES. Sobre essa sagrada ruína destelhada, com 4 entradas cardeais, refulge à noite a misteriosa estrela de ORION e a constelação do BODE, da CABRA, CAPRINO ou CUMARA, ligando-se sobremaneira ao culto ctónico das almas veladas e alumiadas, alentadas pelo Fogo Subterrâneo, o do SOL CENTRAL DA TERRA como Usina de Kundalini. É neste sentido que se falava, desde os tempos mais remotos, ser o Promontório uma entrada ou “boca do Inferno” para esse mesmo MUNDO SUBTERRÂNEO, Infernal, Inferior ou Interior onde o REI DO MUNDO, conforme a lenda local, está vigiando os destinos da Humanidade e donde haverá de dar à TERRA uma Nova Raça. A verdade, para além das brumas sãs da lenda, é que o PROMONTÓRIO DE SAGRES é todo ele oco, havendo várias EMBOCADURAS levando ao seu interior, uma delas no MONTE FRANCÊS próximo, onde se rasga rés-do-chão uma chaminé por que se desce à caverna profunda e extensa. Como já vem sendo habitual nos territórios comendatários da ORDEM DE MARIZ, podemos encontrar na aldeia próxima de BUDENS (BUDA?…) a CAPELA consagrada a SÃO LOURENÇO.
Promontório de Sagres prefigurando o Centro Sacro do País
Outros locais profundamente vinculados à OBRA DO ETERNO NA FACE DA TERRA, em particular à ORDEM DE MARIZ, estão presentes em Trás-os-Montes, como sejam: TORRE DE DONA CHAMA – muito ligada à lenda da fada MELUSINA, de quem os LUSIGNAN acreditam ser seus descendentes, sendo que pelo menos um deles sabemos ter sido Membro da ORDEM DE MARIZ, ou seja, ANTÓNIO AUGUSTO CARVALHO MONTEIRO, de quem já falámos neste estudo –, podendo também associar essa à Torre de MAGDALA ou MADALENA; SERAPICOS – a ver com SERAPIS, os “Ferreiros do Seio da Terra”, Criadores dos Mundos Subterrâneos como Construtores Livres (do Karma Planetário, portanto, Atikarmas) da Sétima Linha do NOVO PRAMANTHA; e ALGOSO (termo oriundo de ALGOL, a contraparte cósmica de LUZBEL, hoje ARABEL), onde se destaca o seu peculiar Castelo TEMPLÁRIO erigido a cerca de 700 metros de altitude.
Também no Concelho de BARCELOS podemos encontrar a aldeia de MARIZ, com a sua igreja tendo por Orago SANTO EMILIÃO, e VILAR DE FRADES, com o seu convento beneditino de estilo românico em cuja abóbada da igreja se encontram ROSAS tendo ao centro escudetes com a primitiva CRUZ de PORTUGAL, com isto designando o CRUZEIRO MÁGICO DE MARIZ A LUZIR nos céus da LUSITÂNIA. No seu todo, o corpo de nervuras da abóbada prefigura a supradita enigmática LETRA AGHARTINA designativa tanto de AQUARIUS como de MAKARA, e também de MAITREYA, já encontrada nos túmulos das igrejas de SÃO JOÃO BAPTISTA, em TOMAR, e de POMBAL DE ANSIÃES, como indicámos anteriormente, sendo que essa mesma letra está igualmente presente no pórtico de entrada principal da SÉ CATEDRAL DE BARCELOS, juntamente com ROSÁCEAS, VIEIRAS e SWÁSTICAS.
Em GONDOMAR, cujo nome evoca a presença de um dos 9 fundadores da ORDEM TEMPLÁRIA, GONDEMAR, encontramos localidades com nomes muito curiosos e decerto de inspiração mística a ver com o tema que vimos abordando, nomeadamente BELOI, nome de uma das TRÊS BRUMAS CELESTES ou as TRÊS TROMBETAS DE DEUS: AKBEL-ASHIM-BELOI; JOVIM, evocando o nome secreto de JÚPITER e do DHYANI dirigente da ORDEM DE MARIZ. Associado a estas localidades e demonstrando não ser casualidade e sim causalidade, encontramos o MONTE CRASTO desde cedo apelidado “NOVA SINTRA”, ou a SINTRA DO NORTE, próximo do caminho para a SERRA DE PIAS em cujo sopé existem várias minas, túneis, grutas e covas (fazendo recordar a SERRA DE SINTRA…), razão do nome da localidade próxima de SÃO PEDRO DA COVA, algumas delas (covas) com nomes curiosos, como o POÇO DO DIABO, o que podemos associar às forças telúricas ctónicas que o povo chama de “Demo”, e nós chamar-lhe-íamos FORÇA ASSÚRICA mas que tão-só é KUNDALINI manifestando-se à Face da Terra, provinda do OMPHALO DO MUNDO, SHAMBALLAH, o seu SOL OCULTO. Perto, no Concelho de VILA NOVA DE GAIA, encontramos a vila de MARIZ, tendo no seu termo uma, como não podia deixar de ser, CAPELA DE SÃO LOURENÇO, mais uma vez demonstrando de forma inequívoca a presença da ORDEM DE MARIZ nesta região, ou no mínimo da FAMÍLIA MARIZ originada daquela.
Conclui-se assim que a ORDEM DE MARIZ possuiu (quiçá ainda possua) comendas, bailios, baronatos e morgados em vários pontos geoestratégicos de PORTUGAL, contudo, como já foi dito, a sua Casa Mãe é SINTRA, ainda que muitos outros locais pudessem igualmente ser indicados neste estudo, que já vai longo, como REDINHA, POMBAL e até DORNES, mas pensamos ter referido os lugares mais importantes da presença MARIZ ao longo do mapa de PORTUGAL.
A título de curiosidade, o que também já referimos, diga-se que na GALIZA também encontramos uma localidade com o nome MARIZ, a caminho de SAN JUAN DE LA PEÑA, nas Astúrias, a qual podemos associar às DHYANIS-BARISHADS encarnadas em origem espanhola, tal como a barcelense MARIZ relaciona-se com os DHYANIS-AGNISVATTAS encarnados em origem portuguesa, constituindo ambas a UNIDADE ANDRÓGINA DA PENÍNSULA IBÉRICA, e acabando por comprovar que a GALIZA muito tem a ver com PORTUGAL, ao qual desde há muitos séculos está ligada GEOGRÁFICA e, sobretudo, ESPIRITUALMENTE.
CONCLUSÃO
Pensamos ter demonstrado de forma inequívoca que a ORDEM DE MARIZ EXISTIU, EXISTE E EXISTIRÁ SEMPRE, enquanto EXISTIR PORTUGAL, não sendo simples quimera dum qualquer devaneio místico pessoal e sim a razão de existirmos enquanto PORTUGUESES, fiéis dignitários do PORTO DO GRAAL, perspectivando já a manifestação do ENCOBERTO, do MESSIAS, do NOVO AVATARA MAITREYA, que tem nome bem PORTUGUÊS. A despeito de para muitos a ORDEM DE MARIZ ter terminado a sua Missão na FACE DA TERRA e se “INTERIORIZADO” ou “DISSOLVIDO” para o século, contudo para nós continua intensamente activa, não ignorando que “algures” por todo o PORTUGAL os seus MEMBROS continuam a operar ocultamente, reunindo-se em locais secretos só conhecidos deles… de ELES e os DEUSES, e acaso de um ou outro seu emissário esparso que possa andar por aí incógnito no meio de nós, cruzando-se connosco em qualquer esquina à nossa frente sem que nos apercebamos.
Terminamos este estudo com uma citação que para nós resume tudo quanto já dissemos, saída da pena do Insigne FERNANDO PESSOA, no seu TRATADO DO SUBSOLO. Mais do que as nossas palavras, as de FERNANDO PESSOA são o culminar daquilo a que nos propusemos neste estudo sobre a Soberana ORDEM DE MARIZ.
“A Ordem de Cristo não tem graus, templo, rito, insígnia ou passe. Não precisa reunir, e os seus cavaleiros, para assim lhes chamar, conhecem-se sem saber uns dos outros, falam-se sem o que propriamente se chama linguagem. Quando se é escudeiro dela não se está ainda nela; quando se é mestre dela já se lhe não pertence. Nestas palavras obscuras se conta quanto basta para quem, que o queira ou saiba, entenda o que é a Ordem de Cristo – a mais sublime de todas do mundo.
“Não se entra para a Ordem de Cristo por nenhuma iniciação, ou, pelo menos, por nenhuma iniciação que possa ser descrita em palavras. Não se entra para ela por querer ou por ser chamado; nisto ela se conforma com a fórmula dos Mestres: «Quando o discípulo está pronto, o Mestre está pronto também». E é na palavra «pronto» que está o sentido vário, conforme as ordens e as regras.
“Fiel à sua obediência — se assim se pode chamar onde não há obedecer — à Fraternidade de quem é filha e mãe, há nela a perfeita regra de Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Os seus cavaleiros – chamemos-lhes sempre assim – não dependem de ninguém, não obedecem a ninguém, não precisam de ninguém, nem da Fraternidade de que dependem, a quem obedecem e de que precisam. Os seus cavaleiros são entre si perfeitamente iguais naquilo que os torna cavaleiros; acabou entre eles toda a diferença que há em todas as coisas do mundo. Os seus cavaleiros são ligados uns aos outros pelo simples laço de serem tais, e assim são irmãos, não sócios nem associados. São irmãos, digamos assim, porque nasceram tais. Na Ordem de Cristo não há juramento nem obrigação.
“Ela, sendo assim tão semelhante à Fraternidade em que respira, porque, segundo a Regra, «o que está em baixo é como o que está em cima», não é contudo aquela Fraternidade: é ainda uma Ordem, embora uma Ordem Fraterna, ao passo que a Fraternidade não é uma Ordem.”
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Vitor Manuel Adrião, Quinta da Regaleira (A Mansão Filosofal de Sintra). Editora Via Occidentalis, Lisboa, 2007.
Vitor Manuel Adrião, Cynthia Semper Fidelis. Revista PAX, órgão oficial da Comunidade Teúrgica Portuguesa, Lisboa, 2009.
Créditos fotográficos: Paulo Andrade, Ilda Bessa e Arquivo da Comunidade Teúrgica Portuguesa.
«Quando o discípulo está pronto, o Mestre está pronto também»
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